13 out, 2015 - 12:02
O prefeito emérito da Congregação para os Bispos retomou a questão da fé na missa de encerramento da peregrinação internacional de Outubro a Fátima, considerando que a "maior desgraça" é a perda da fé.
“Não é irrelevante nem marginal a questão de ter ou não ter fé, porque muda radicalmente a maneira de pensar e de agir. É uma questão não só para a salvação eterna, mas também para uma vida serena nesta terra”, disse o cardeal Giovanni Battista Re.
Reforçando que “a maior desgraça que pode acontecer” à humanidade “é precisamente a perda da fé”, o prelado recordou o papel que as aparições de Nossa Senhora, que a mensagem de Fátima, desempenhou e continua a desempenhar na sociedade e no mundo.
“A mensagem de Fátima continua a interpelar-nos ainda hoje; o apelo de Fátima é dirigido também a nós, propondo de novo à Igreja e ao mundo moderno os valores eternos do Evangelho”, acrescentou.
Na homilia da celebração, o prefeito emérito da Congregação para os Bispos, da Santa Sé, que presidiu às cerimónias deste ano na Cova da Iria, realçou os “estilos de vida e correntes de pensamento” que actualmente “põem em dúvida e até minam pelas raízes” a relação entre o Homem e Deus e o próprio equilíbrio da sociedade.
Uma situação que, segundo o prelado, já aconteceu no passado e abriu espaço a alguns dos mais “trágicos acontecimentos” que afectaram a Humanidade: “duas guerras mundiais” e de “duas ditaduras: o nazismo” alemão e o “comunismo da União Soviética”.
“Duas ideologias que espezinharam os direitos humanos e que foram causa de grandes sofrimentos. A luta contra Deus foi grande”, lembrou.
As cerimónias, que têm como tema "Vigiai e Orai", são presididas pelo prefeito emérito da Congregação para os Bispos e também presidente emérito da Pontifícia Comissão para a América Latina, o cardeal italiano Giovanni Battista Re.