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​Dia de Portugal

Partidos elogiam discurso de Marcelo. Conheça as reações

10 jun, 2024 - 17:35 • Lusa

PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal encontraram pontos positivos na intervenção do Presidente da República.

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O secretário-geral do PS afirmou esta segunda-feira partilhar o apelo de unidade feito pelo Presidente da República na cerimónia do Dia de Portugal e defendeu que os maiores investimentos no interior do país foram feitos por governos socialistas.

Estas posições foram transmitidas por Pedro Nuno Santos no final da cerimónia do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.

O líder socialista disse rever-se sobretudo "no apelo à unidade e na necessidade de se trabalhar em conjunto, de se seguir juntos".

"Por estes territórios falta fazer muito, desde logo é preciso investimento, designadamente investimento empresarial. Precisamos de habitação, de mais mobilidade e de empresas. Essa é a única forma de trazermos mais gente para trabalharmos no interior. Esse é o segredo para que o interior trave o despovoamento", considerou o secretário-geral do PS.

Interrogado se o PS tem responsabilidades políticas na persistência de desigualdades ao nível do território nacional, Pedro Nuno Santos reagiu, contrapondo: "Há uma coisa que sei, os maiores investimentos no interior de Portugal foram feitos por governos do PS".

"Há muito para fazer por este território do país, que não pode ficar sempre para depois. Temos de continuar a identificar os bloqueios e os problemas, desatando os nós. Não conseguimos resolver os problemas todos de uma vez. E há problemas novos que temos de ir resolvendo ao longo do tempo", advertiu.

Já o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, corroborou que "as políticas públicas devem precisamente visar a coesão do território e, quanto mais coeso for o território, mais formas temos de evitar tragédias como aquelas que já aconteceram".

"Mas também quanto mais coeso for o território, mais próspero e mais oportunidade há para todos, e é nisso que nós estamos apostados no Governo nesta nova legislatura, em fazer todo o território mais próximo, mais coeso e mais unido", declarou à Lusa Hugo Soares.

Segundo o deputado, "o Governo deve governar e o parlamento deve escrutinar o Governo", frisando que é "assim que deve ser e é assim que tem acontecido".

Pelo Chega, o líder parlamentar considerou que o Presidente da República fez um bom discurso de apelo à coesão territorial, mas que o interior está esquecido e que pode haver novos incêndios como os de 2017.

Pedro Pinto falava aos jornalistas em Pedrógão Grande, onde representou o Chega na cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Segundo o líder parlamentar do Chega, foi "um discurso bom do senhor Presidente da República, curto, mas muito virado para dentro do país, e isso é fundamental".

"Agora esperemos apenas que os políticos não tenham apenas palavras, e o que tem acontecido no nosso país é que os políticos têm tido muitas palavras para o interior, mas poucos atos", afirmou Pedro Pinto, considerando que "o investimento tem faltado".

Na sua opinião, "está preparada para acontecer uma nova tragédia, porque as estradas continuam sem limpeza, as florestas continuam a crescer desalmadamente, portanto, as coisas continuam todas mais ou menos da mesma maneira, pouco ou nada mudou aqui na zona de Pedrógão, e particularmente no IC8, desde 2017 até agora".

Já o presidente da Iniciativa Liberal considerou que muitas das promessas políticas feitas após a tragédia dos incêndios de 2017 não foram cumpridas, citou o Presidente da República e exigiu "reparações" aos portugueses do interior do país.

Também presente em Pedrógão Grande, Rui Rocha referiu-se a recentes posições assumidas pelo chefe de Estado e afirmou que o seu partido exige "reparações aos portugueses que têm queixas de Portugal".

"Na tragédia dos incêndios florestais de 2017 [em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos], houve uma falha a vários níveis que nunca deveria ter acontecido. Sabemos como, nos anos seguintes, o Estado Português continuou a falhar a este território, a esta população e às vítimas da tragédia, porque muito pouco do prometido foi feito", sustentou.

Na perspetiva do líder da Iniciativa Liberal, quando o Presidente da República fala na necessidade de reparações, "são as reparações para as zonas do interior com que o país se deve preocupar".

"Um exemplo são as questões das comunicações, já que este território continua com zonas sombra. Esse foi um dos fatores negativos que condicionou muito o que aconteceu nessa tragédia", apontou.

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