10 jun, 2024 - 00:10 • Fábio Monteiro
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A Aliança Democrática ficou em 2º lugar (por pouco) nas eleições Europeias, um resultado aquém das expectativas, admitiu Luís Montenegro. “Ter sempre mais um voto. Esse é sempre o primeiro objetivo. Quero assumir que não cumprimos esse objetivo”, afirmou.
Ainda assim, o balanço não é totalmente negativo. “O resultado de hoje, não cumprindo o nosso primeiro objetivo, dá-nos muito, muito alento, para prosseguirmos a caminhada que nos trouxe até aqui”, disse.
O primeiro-ministro fez questão de frisar que a AD teve mais votos que nas eleições de 2019 e 2014. E que a maioria dos mandatos foi para partidos de direita, dois dos quais, Chega e Iniciativa Liberal, “eram inexpressivas” nas últimas europeias. “Cada um tirará as ilações que entender. Nós respeitamos todos.”
Dirigindo-se aos portugueses, disse: “Obrigado pela renovada confiança que nos têm demonstrado. Podem contar com um governo a cumprir os seus compromissos todas as semanas.”
Montenegro aproveitou ainda oportunidade para afastar a ideia que o Governo tenha influenciado a campanha eleitoral. “O Governo não esteve em campanha eleitoral, o Governo esteve a cumprir os seus compromissos”, atirou.
E acrescentou: "Todos os que acenam com esse argumento, eram os que 30 dias depois de termos tomado posse, que éramos um Governo de inação e que não conseguíamos cumprir as nossas promessas.”
Mais tarde, questionado pelos jornalistas quanto ao futuro de António Costa, Montenegro revelou que o Governo, caso o ex-primeiro-ministro avance, irá apoiá-lo.
“É possível que a presidência do Conselho Europeu seja destinada a um candidato socialista. Se António costa for candidato, a AD e o Governo não só apoiarão como farão tudo para que essa candidatura tenha sucesso.”
Sebastião Bugalho assumiu a derrota, mas, numa referência a António Costa, ironizou: “Alguém poderia dizer que [a vitória do PS] foi mesmo por poucochinho.”
“Os nossos adversários [o PS] perderam eurodeputados, e essa diferença não é de somenos”, disse.
Bugalho lembrou que estabelecera a meta de 29% para as Europeias, mas chegou aos 31,12%. “Este não é um dia de derrota para a AD, é importante que fique claro.”