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Montenegro garante Portugal na linha da frente da União Europeia

17 abr, 2024 - 14:36 • Pedro Mesquita, enviado da Renascença em Bruxelas

Em relação à situação no Médio Oriente, defendeu a necessidade de se encontrar uma solução que evite uma escalada da violência.

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Portugal foi um dos primeiros a condenar o Irão e estará na linha da frente da União Europeia, num reforço dessa condenação pelo ataque a Israel. Foi a garantia deixada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao lado do presidente do Conselho Europeu antes de participar pela primeira vez na reunião de chefes de Estado, em Bruxelas.

Luís Montenegro sublinhou que Portugal mantém um "fortíssimo" compromisso com o projeto europeu, quer na política interna, quer na externa, no apoio à Ucrânia na atenção ao Médio Oriente. O primeiro-ministro antecipou ainda a unidade europeia na condenação ao Irão.

"O compromisso de Portugal com o projeto europeu é fortíssimo", disse Montenegro, que se reuniu, antes do começo da cimeira europeia, com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pela primeira vez na qualidade de primeiro-ministro.

Em declarações aos jornalistas, Montenegro sublinhou o empenho de Portugal em colaborar "com os propósitos que estão na agenda" da reunião extraordinária dos líderes da União Europeia.

O reforço da competitividade, especificou, "é um objetivo tão europeu quanto português", defendendo que a Europa tem se ser forte no mundo e Portugal forte na Europa, "para termos um Portugal forte no mundo".

Em relação aos temas de política externa, de segurança e defesa, o primeiro-ministro salientou a participação portuguesa na ajuda da UE à Ucrânia e "no auxílio financeiro, político e humanitário ao povo ucraniano".

Em relação à situação no Médio Oriente, defendeu a necessidade de se encontrar uma solução que evite uma escalada da violência.

Referindo que Portugal foi dos primeiros países a condenar o recente ataque do Irão a Israel, Montenegro defendeu, mais uma vez, que o caminho para a paz na Faixa de Gaza passa por um cessar-fogo imediato e pelo reconhecimento da Palestina como membro pleno na Organização das Nações Unidas.

Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, referiu que Portugal é um Estado-membro "muito importante" na UE, adiantando que conta com o primeiro-ministro para desempenhar um papel importante nos desafios da Europa.

Os líderes da UE reúnem-se, esta quarta e quinta-feira, num Conselho extraordinário dedicado à competitividade, à ajuda à Ucrânia e o conflito no Médio Oriente.

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  • Anastácio José Marti
    18 abr, 2024 Lisboa 14:36
    Como pode algum dia Portugal chegar á frente da União Europeia, enquanto vigorarem os salários e as reformas de miséria que vigoram, enquanto trabalhadores DEFICIENTES continuarem a ser discriminados negativamente e impedidos de se realizarem profissionalmente pelo Estado português, inclusive, impedindo-os de ingressarem na carreira de Técnico Superior apesar de reunirem os requisitos legais para tal ingresso há décadas, enquanto o país tiver a quantidade de sem abrigos que continua a ter, enquanto reinar as políticas de pobreza e de miséria para onde o povo foi empurrado nos últimos oito anos, enquanto tiver a Administração Pública mais politizada de toda a U.E., quando ouviremos e sentiremos no dia a dia o Primeiro Ministro que assim fala, fazer algo para eliminar todas estas vergonhas nacionais em pleno século XXI, como imagem de marca dos políticos que o país tem tido, os quais nunca estiveram à altura das necessidades do povo e dos cidadãos?

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