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Presidência do Parlamento

Segunda votação na AR sem maioria. Assis e Aguiar-Branco vão a votos em nova ronda

26 mar, 2024 - 22:01 • Diogo Camilo

Candidato do PS teve 90 votos, mais dois que o candidato do PSD. Manuela Tender, do Chega, teve 49 votos - menos um que o número de deputados do partido no Parlamento.

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À segunda não foi de vez. A votação para a eleição do novo presidente da Assembleia da República acabou sem maioria de votos para nenhuma das três candidaturas apresentadas, mas o socialista Francisco Assis recolheu mais votos que o candidato do PSD, José Pedro Aguiar-Branco.

Nesta segunda votação, Francisco Assis recolheu 90 dos 229 votos contados, enquanto Aguiar-Branco teve 88 votos - menos um do que na votação anterior. Manuela Tender, a candidata nomeada pelo Chega, teve 49 votos - menos um do que 50 deputados do Chega que estão no Parlamento.

Foram ainda contados dois votos brancos.

Numa segunda volta, que se irá realizar de seguida, a escolha recairá entre Francisco Assis e Aguiar-Branco. Para ser eleito, o candidato tem de obter a maioria absoluta, ou seja, 116 votos favoráveis.

O presidente do Chega, André Ventura, tinha anunciado na segunda-feira que o partido iria apoiar o candidato Aguiar-Branco "na sequência da informação" que lhe teria sido transmitida pelo PSD de que os sociais-democratas também aprovariam os seus candidatos a "vice" e secretários da Mesa.

No entanto, na primeira votação que tinha como única candidatura a de Aguiar-Branco a presidente da Assembleia da República, o candidato do PSD teve apenas 89 votos, menos 27 que os 116 necessários para ser eleito.

Na XVI legislatura, PSD e PS têm cada um 78 deputados, o Chega 50 parlamentares, a IL oito, o BE cinco e o PCP e o Livre quatro cada um. O PAN mantém uma deputada única e o CDS-PP regressou ao parlamento com dois deputados.

Ou seja, PSD, CDS-PP e Chega somam no total 130 parlamentares, o que deveria ser mais do que suficiente para a eleição que é, contudo, feita por voto secreto.

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  • ze
    26 mar, 2024 aldeia 22:35
    Deixou de haver dois grandes partidos,PS e PSD, agora são 3, e o PSD se quiser governar com sentido de estado e a bem de Portugal, tem de conversar com o PS e com o Chega, tem de fazer entendimentos á direta e á esquerda, ou arrisca-se a não conseguir estabilidade, e provocar novas eleições.O PSD como mais votado e indigitado para governar Portugal tem a responsabilidade politica de ser ele o garante dessa estabilidade, se olhar só para o seu umbigo e proferir baboseiras como o não é não....só ele será o culpado e o povo não o esquecerá,e em novas eleições sairá perdedor e não vencedor,os consensos têm de ser dignificados a bem do país e dos portugueses, é preciso humildade, inteligência politica e acima de tudo colocar o interesse do país em 1ºlugar.

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