03 mar, 2024 - 22:58 • Isabel Pacheco
A entrada de António Costa em campanha levantou as vozes do Bloco de Esquerda.
A antiga coordenadora do partido, Catarina Martins, subiu, este domingo, ao palco do auditório na reitoria da Universidade Nova de Lisboa para criticar a inércia do Partido Socialista (PS) e explicar que não é assim que se combate a direita.
“Ouço dizer que a direita fará pior. É poucochinho, não é?”, questionou.
“O que precisamos não é do “mesmismo”. “Precisamos de uma força de esquerda que abane o barco”, defendeu.
A António Costa que, na véspera, comparou a legislatura a um jogo que ficou a meio, a bloquista lançou a questão: “Afinal quem interrompeu o jogo?”.
O jogo “começou a acabar mal começou a maioria absoluta”, explicou.
Também a líder do BE, Mariana Mortágua, logo após o discurso do primeiro-ministro demissionário, aconselhou o a PS a “menos arrogância e soberba”.
Lá se vai a “humildade democrática” que, tantas vezes, o líder do PS, Pedro Nuno Santos defendeu para o partido. Ou, então, a avaliar pelas críticas bloquistas, que deixaram Pedro Nuno de fora, a modéstia apenas não encaixa na maioria socialista de António Costa.
Os recados ao PS centraram o discurso daquele foi, até agora, o maior comício do BE nesta campanha eleitoral que começa a última semana apostado em cativar quem ficou com “amargo de boca”, como referiu Pedro Filipe Soares, por ter votado PS em 2022.
Depois de mais de 3 mil quilómetros percorridos, a caravana bloquista vai passar esta semana pelos distritos de Braga e Aveiro e repete Porto, Lisboa e Setúbal, os três círculos eleitorais onde conseguiu eleger deputados em 2022.