A+ / A-

Piódão entre finalistas dos prémios de arquitetura Mies van der Rohe

25 abr, 2024 - 12:58 • Lusa

A recuperação integrada do largo do Piódão é um dos sete projetos finalistas do prémio de arquitetura a cargo da fundação que lhe dá nome e da Comissão Europeia.

A+ / A-

A recuperação integrada do largo do Piódão é um dos sete projetos finalistas do prémio de arquitetura Mies van der Rohe, a cargo da fundação que lhe dá nome e da Comissão Europeia, que esta quinta-feira anuncia os vencedores.

O projeto de João Branco e Paula del Río (do ateliê Branco Del Rio) para a Praça e o Posto de Turismo do Piódão, no concelho de Arganil, no distrito de Coimbra, é um dos dois finalistas na categoria Emergentes, a par da Biblioteca Gabriel García Marquez, em Barcelona, da SUMA Arquitetura.

As outras cinco obras finalistas, na área da arquitetura, são a Galeria de Arte Contemporânea Platoem Ostrava, na República Checa, o Pavilhão de Estudos no Campus da Universidade Técnica de Braunschweig, na Alemanha, a Escola Reggio, em Madrid, o Renascimento do Convento Saint-François em Sainte-Lucie-de-Tallano, em França, e o Hageem Lund, na Suécia.

"O júri considera que os sete trabalhos finalistas incentivam e tornam-se modelos e referências para as políticas urbanas locais, uma vez que todos eles criam ambientes de vida inclusivos de elevada qualidade", lia-se no texto sobre a escolha de candidatos finais ao prémio, anunciada em fevereiro. .

A maior parte destes projetos, ainda segundo o júri, "transforma e melhora as condições de comunidades bastante pequenas em locais que passaram por variados processos de esquecimento: antigas zonas industriais, pequenas aldeias rurais e periferias urbanas. Estas obras em cidades maiores são implementadas em áreas bastante periféricas, criando uma forte associação com os bairros existentes".

Sobre o projeto do Piódão, a organização disse que "a única área plana e aberta da íngreme aldeia de Piódão é devolvida à sua dignidade de átrio acolhedor e local de encontro".

"O que anteriormente era um parque de estacionamento foi redesenhado, pavimentado e parcialmente sombreado com materiais e técnicas tradicionais. O espaço foi devolvido às pessoas seguindo a sua cultura material e de construção", acrescentou.

No "site" do ateliê responsável pelo projeto, os autores indicam que "os diferentes elementos que compõem a praça: a fachada da igreja e a fundação de pedra na qual assenta, o posto de turismo e as pequenas casas com restaurantes e cafés passam a estar arranjados em torno desta nova centralidade suave".

No posto de turismo, "a intervenção, quer dentro quer fora, teve por objetivo limpar e clarificar o edifício existente".

O Prémio Mies van der Rohe toma o nome do arquiteto de origem alemã que dirigiu a Bauhaus no início da década de 1930. Após a subida das forças nazis de Hiltler ao poder, em 1933, refugiou-se nos Estados Unidos, onde obteve a nacionalidade norte-americana, estando na origem da chamada Segunda Escola de Chicago e do atual Instituto de Tecnologia do Illinois (IIT).

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+