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Caso BES. Lesados em protesto antes de Salgado saber se vai a julgamento

31 jul, 2023 - 14:07 • Lusa

Decisão deve ser lida esta tarde no Tribunal Criminal de Lisboa. Manifestantes deslocaram-se a Lisboa de diversos pontos do país.

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Cerca de três dezenas de lesados do BES estão concentrados diante do Tribunal Criminal de Lisboa numa manifestação, no dia em que se saberá se os arguidos irão a julgamento.

Os manifestantes juntaram-se pelas 13h00 junto ao tribunal e estão também inconformados por, provavelmente, não haver lugares suficientes para estarem presentes na sala de audiência.

A decisão instrutória que determinará se o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, e os restantes 25 arguidos vão a julgamento vai ser lida esta tarde pelo juiz Pedro Santos Correia.

Os lesados vêm de várias pontos do país, nomeadamente Guimarães, segundo relataram à Lusa no local.

A decisão esteve agendada para 14 de julho, mas foi adiada para hoje, por ainda não estar concluída, adiantou o juiz de instrução em despacho a que a Lusa teve acesso.

O debate instrutório do processo também conhecido por "Universo Espírito Santo" decorreu entre os dias 02 e 09 de maio no tribunal de Monsanto (Lisboa).

No dia 14 de julho de 2020, a investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) traduziu-se na acusação a 25 arguidos (18 pessoas e sete empresas), entre os quais o antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado. Foram imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

Segundo o MP, cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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