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PS afasta dissolução do Parlamento devido a mau resultado nas europeias de 2024

30 jan, 2023 - 17:27 • Rosário Silva , com Redação

Em resposta a Luis Montenegro, Eurico Brilhante Dias recusa cenário de eleições antecipadas. Noutro plano, o líder do grupo parlamentar do PS justifica a presença do Governo no encerramento da convenção do Chega como sendo um “ato institucional”.

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O líder parlamentar do PS recusou, esta segunda-feira, a ideia de que um mau resultado nas eleições europeias de 2024 possam constituir motivo para a dissolução do Parlamento.

Questionado pelos jornalistas, no Porto, Eurico Brilhante Dias respondia à hipótese avançada pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, que admitiu pedir eleições antecipadas depois das eleições europeias, numa entrevista ao jornal digital ECO.

“Não me lembro de o Dr. Luís Montenegro ter essa opinião quando o Partido Socialista ganhou as eleições em 2014”, começou por afirmar.

“Nós temos de ser consequentes. Em 2014, o PS ganhou as eleições. Aliás, em 2013, já tinha tido uma gravíssima crise política com uma demissão irrevogável”, ironizou, para acrescentar que não se recorda “de o dr. Luís Montenegro ter pedido a dissolução da Assembleia da República e ter pedido eleições ao então Presidente Cavaco Silva”.

Para o líder parlamentar socialista, é preciso “ter a noção que a vida política tem ciclos políticos, democráticos”, e se “queremos defender a democracia, temos de defender a capacidade dos governos e das oposições atuarem no jogo político”.

Já sobre a presença do Governo na convenção do Chega, em Santarém, Eurico Brilhante Dias garantiu que a “linha vermelha” que o PS estabeleceu relativamente ao partido de André Ventura “não se moveu um milímetro”, recusando que seja uma normalização daquela força política e justificando essa presença como sendo um “ato institucional”.

“O PS e o Grupo Parlamentar do PS não estiveram presentes. Aliás, não fui convidado e se tivesse sido convidado não teria ido”, assegurou.

Para o socialista, o “Governo tem responsabilidades institucionais perante um partido com representação parlamentar e que tem direitos de oposição”, daí justificar-se a presença de um membro do executivo, no caso, a ministra Ana Catarina Mendes.

“O Governo foi”, lembrou, mas “a senhora ministra foi clara ao dizer que foi um discurso de ódio e distanciou-se absolutamente de qualquer intervenção que tenha ocorrido”, concluiu.

O líder parlamentar do PS falava no Porto onde decorreu uma reunião da direção da bancada socialista.

Acompanhado pelos vice-presidentes grupo e dos deputados socialistas eleitos pelo círculo do Porto, Eurico Brilhante Dias visitou esta segunda-feira empresas, associações e instituições do setor da inovação tecnológica, formação e cultura.

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