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Medina disponível para ser ouvido "é um bom exemplo", afirma Marcelo

19 jan, 2023 - 20:58 • Lusa

Questionado se não considera que Fernando Medina constitui um peso político negativo, Marcelo Rebelo de Sousa não respondeu diretamente.

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Foto: Manuel de Almeida/Lusa
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Ministro das Finanças Fernando Medina fala sobre buscas na câmara de Lisboa Foto: Carlos M. Almeida/Lusa
Ministro das Finanças Fernando Medina fala sobre buscas na câmara de Lisboa Foto: Carlos M. Almeida/Lusa

O Presidente da República considerou hoje que a disponibilidade do ministro das Finanças, Fernando Medina, para ser ouvido sobre as investigações que motivaram buscas na Câmara Municipal de Lisboa "é um bom exemplo".

Marcelo Rebelo de Sousa assumiu esta posição em declarações à TVI/CNN Portugal no fim de uma visita ao Hospital de São José, em Lisboa, que não constava da sua agenda pública e que não foi divulgada à comunicação social em geral.

"Eu não gosto de comentar casos concretos, mas direi que em si mesmo a ideia e o gesto de tomar a iniciativa de esclarecer, de se disponibilizar, quem realmente entende que deve ser esclarecida uma matéria de que não tinha conhecimento, mas que suscita o escrutínio público, eu penso que é um bom exemplo", afirmou o chefe de Estado.

"É isso mesmo. Eu tinha acabado de dizer de manhã que, como é evidente, as pessoas são sensíveis à necessidade de esclarecer, por si próprias, pelo executivo que integram e pela democracia, e pela prática democrática", acrescentou.

Questionado se não considera que Fernando Medina constitui um peso político negativo, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Pois eu estou a acabar de dizer que acho que a forma de atuação corresponde àquele modelo que eu acho que deve existir, que: é a pessoa sente que há uma razão para esclarecer o que pode esclarecer, e o que não pode esclarecer querer ser esclarecido para poder esclarecer. Acho que isso tem toda a lógica".

Segundo a TVI/CNN Portugal, o Presidente da República visitou no Hospital de São José um militar da GNR ferido em serviço, com o ministro da Administração Interna e o comandante-geral da GNR.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, comunicou hoje que pediu à Procuradora-Geral da República para ser ouvido no âmbito da investigação em curso que motivou na terça-feira buscas na Câmara Municipal de Lisboa, para prestar "todos os esclarecimentos que o Ministério Público entenda necessários".

"Sou o principal interessado em fazê-lo", considerou o ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que disse desconhecer "em absoluto" essa investigação.

Em conferência de imprensa, no Ministério das Finanças, em Lisboa, Fernando Medina defendeu que é sua "obrigação contribuir para o esclarecimento da situação".

A TVI/CNN Portugal noticiou na quarta-feira à noite que a Polícia Judiciária realizou na terça-feira buscas na Câmara Municipal de Lisboa por "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação" numa nomeação para "prestação de serviços que foi assinada em 2015" pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina, atual ministro das Finanças.

A Câmara Municipal de Lisboa confirmou à agência Lusa a realização de buscas no departamento de Urbanismo da autarquia, mas remeteu mais esclarecimentos para as autoridades judiciais.

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  • Manuel Ferraz
    20 jan, 2023 Vila Nova de Gaia 18:30
    Então mas agora pede-se para ser ouvido quando bem lhe apetece ou é quando a justiça quer. Bom estamos sempre à aprender. Isto já vem desde a presidência da câmara vamos ver quantos anos mais. Se calhar quando sair o processo do Eng. SÓCRATES arquivado por Prescrição é que sai este e os outros dos políticos .
  • ze
    20 jan, 2023 aldeia 11:52
    Sempre houveram casos ao longo destes 40 anos,mas Tantos......e num governo socialista com maioria,nunca me lembro,não é bom para a credibilidade da classe governante em Portugal e não será certamente bem vista nos outros países.Esperemos a bem da nação e do povo português que o Sr.Presidente da Répubica tome alguma medida excepcional.
  • Americo
    20 jan, 2023 Leiria 10:18
    "é um bom exemplo". Mas que raio de comentário. Então não somos "obrigados" a sermos ouvidos ? Ou esperava que ele fugisse ?

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