Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Secretário-geral adjunto do PS diz que Montenegro tem de "falar com verdade ao país"

17 jan, 2023 - 21:56 • Lusa

O presidente do PSD disse que o país tem uma economia muito dependente e, por isso, quando "há uma constipação na Europa, normalmente isso dá uma pneumonia em Portugal".

A+ / A-

O secretário-geral adjunto do PS incitou o líder do PSD a "falar com verdade e transparência ao país", reagindo às declarações de Luís Montenegro de que a economia portuguesa "está muito dependente".

"Em 2014, quando tínhamos mais do dobro da taxa de desemprego e quando crescíamos sete vezes menos do que crescemos no ano de 2022, [Luís Montenegro] parecia estar muito satisfeito. Portanto, é fundamental falarmos com muita verdade e transparência aos portugueses", afirmou João Torres à agência Lusa.

"A guerra na Ucrânia criou um contexto de adversidade, que tem consequências económicas e sociais, mas em Portugal continuamos com razões para acreditar num futuro melhor", disse, que "o crescimento do Produto Interno Bruto no ano passado é exemplificativo disso".

João Torres falava à margem de uma visita à Noras Performance, empresa produtora da boia portuguesa "U Safe", localizada em Torres Vedras, concelho do distrito de Lisboa onde o PS iniciou o roteiro nacional "PS em Proximidade".

O socialista lembrou ainda que "Portugal foi o segundo país da União Europeia que mais cresceu no ano de 2022", tem uma taxa de desemprego "metade" de 2015 e que, desde 2016, "cresceu acima da média da União Europeia", à exceção de 2020.

O presidente do PSD disse, esta terça-feira, que o país tem uma economia muito dependente e, por isso, quando "há uma constipação na Europa, normalmente isso dá uma pneumonia em Portugal".

Luís Montenegro apontou ainda a necessidade de Portugal ter uma "fiscalidade mais amiga" das famílias e das empresas. No seu entender, se Portugal não tomar esta posição o país vai ficar dependente das "oscilações" da União Europeia.

"Se nós não fizermos isto, vamos andar sempre à espera daquilo que na União Europeia vão sendo as oscilações", reafirmou.

Aos jornalistas lembrou ainda que existem muitas famílias e pessoas que não têm dinheiro para arcar com as despesas essenciais, seja de alimentação, da energia, de consumo de eletricidade, de gás, dos combustíveis, entre outras.

"Nós temos um milhão e 900 mil portugueses que vivem no limiar da pobreza ou aliás, em situação de pobreza, com rendimento inferior a 554 euros, não fora as ajudas do Estado e esse número aumentaria para quatro milhões e 400 mil. Portanto, estamos a falar quase de metade da população portuguesa, que está no limiar de pobreza", referiu.

De acordo com o presidente do PSD, se a economia tiver um período de recessão, de estagnação, de crescimento limitado ou anémico, isto vai dificultar a capacidade de criar condições para essas pessoas saírem do estado de pobreza.


Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+