Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

CDS acusa Costa de desvalorizar "momento difícil" que portugueses vivem

25 dez, 2022 - 23:16 • Lusa

Nuno Melo atribui ao primeiro-ministro quatro cognomes: "o esbanjador", "o "eutanasiador" da Constituição, "o cobrador de impostos" e "o responsável pela emigração dos jovens".

A+ / A-

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, acusou hoje o primeiro-ministro de desvalorizar, na mensagem de Natal, o "momento difícil" que os portugueses atravessam e de não dar as explicações que "o país aguarda".

Numa nota enviada à Lusa, Nuno Melo critica a mensagem de António Costa, atribuindo ao chefe do executivo quatro cognomes: "o esbanjador", "o eutanasiador da Constituição", "o cobrador de impostos" e "o responsável pela emigração dos jovens".

"A mensagem de Natal do primeiro-ministro desvalorizou o momento difícil que os portugueses vivem e não deu as explicações que o país aguarda", afirma o centrista.

A reprivatização da TAP e a indemnização da companhia área à nova secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, são os principais argumentos do presidente do CDS-PP para considerar António Costa "o esbanjador".

"O CDS entende que sobre este caso em concreto [da indemnização a Alexandra Reis], o primeiro-ministro tinha que ter dado hoje as explicações que vem negando ao país", disse.

Nuno Melo, que apelida o primeiro-ministro de "eutanasiador da Constituição", sublinha que "a mensagem do primeiro-ministro aconteceu poucos dias depois de a Constituição da República Portuguesa ter sido ""eutanasiada" em plena quadra natalícia".

"O facto, pela gravidade, deve ser sublinhado, sendo que o CDS deposita grandes esperanças na intervenção do Presidente da República em conformidade não só com os valores da dignidade humana, mas também com a violação grosseira da Constituição", assinala.

O presidente dos centristas atribui ainda o cognome "António Costa, o cobrador de impostos", ao primeiro-ministro, justificando que o discurso "desvaloriza, de forma inaceitável, o momento particularmente difícil que a maioria dos portugueses vive, enquanto o Governo não toma decisões fundamentais para auxílio das famílias e das empresas e em linha com a maior parte dos países europeus".

"Pelo contrário, o Governo persiste num modelo errado que assenta em mais despesa e mais dívida, à custa dos impostos confiscatórios sobre quem trabalha, asfixiando a classe média cada vez mais reduzida e com rendimentos disponíveis exíguos e retirando competitividade às empresas", aponta.

Nuno Melo responsabiliza ainda António Costa pela emigração dos jovens, defendendo que este "não trouxe qualquer nota digna de registo em relação aos jovens, que na esmagadora maioria dos casos sobrevivem com rendimentos inferiores a 900 euros e cada vez mais são obrigados a sair de Portugal para sobreviver com dignidade".

O primeiro-ministro considerou hoje, na sua mensagem de Natal, que há razões para os portugueses terem confiança, apesar do cenário de incerteza internacional, salientando que a trajetória de redução do défice e da dívida coloca Portugal "ao abrigo das turbulências do passado".

Para o líder do executivo, as três palavras que melhor exprimem o que se deseja nesta época do ano são a paz, a solidariedade e a confiança.

Na sua perspetiva, há razões para os portugueses terem confiança.

"Confiança é o que o nosso país nos garante hoje, quando tanta incerteza nos rodeia no cenário internacional. Confiança no futuro, pelo que estamos a fazer no presente", defendeu.

Segundo António Costa, a solidariedade com que os portugueses têm conseguido, "em conjunto, e lado a lado, enfrentar os desafios que os tempos exigentes colocam", dá "confiança na mobilização de todos em torno dos desafios estratégicos: reduzir as desigualdades, acudir à emergência climática, assegurar a transição digital e vencer o desafio demográfico".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+