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Montenegro avisa Costa que "tem de se habituar" à escolha dos lisboetas

16 dez, 2022 - 20:26 • Lusa

Numa altura em que ainda não se sabia do pedido de desculpas de António Costa, Luís Montenegro começou por destacar que, antes mesmo desta questão, tinha feito notar que a postura de António Costa é de "arrogância, de soberba, de deslumbramento, que não se justifica".

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O presidente do PSD avisou esta sexta-feira António Costa que também tem de habituar à escolha dos lisboetas e classificou de "soberba" e "arrogância" a atitude do primeiro-ministro em relação a Carlos Moedas, no episódio do mau tempo.

"Também nesta polémica com o presidente da Câmara de Lisboa se nota a soberba e a arrogância do primeiro-ministro, mas creio que o presidente da Câmara respondeu muito bem: o senhor primeiro-ministro, dr.º António Costa, tem que se habituar também à ideia de respeitar que os lisboetas votaram no projeto do engenheiro Carlos Moedas, do PSD e dos partidos que nos acompanharam nessas eleições", afirmou.

Luís Montenegro falava no fim de uma visita à Universidade da Beira Interior, na Covilhã, onde se deslocou no âmbito do último dia do programa "Sentir Portugal", que iniciou no domingo no distrito de Castelo Branco.

Questionado sobre a forma como se posicionava na contenda entre o primeiro-ministro e o presidente da Câmara de Lisboa no episódio das cheias em Lisboa, o presidente do PSD criticou o primeiro-ministro.

Numa altura em que ainda não se sabia do pedido de desculpas de António Costa, Luís Montenegro começou por destacar que, antes mesmo desta questão, tinha feito notar que a postura de António Costa é de "arrogância, de soberba, de deslumbramento, que não se justifica".

O líder dos sociais-democratas aproveitou para citar a declaração de António Costa com a expressão "eles que se habituem", para defender que é o primeiro-ministro quem tem de se habituar.

"Ele [António Costa] é que tem de se habituar a fazer o jogo da democracia", disse.

Acrescentando que nesse "jogo" estão previstos os direitos de oposição, acusou António Costa de não estar a respeitar esses direitos e afirmou que já foram mais de 20 os membros no Governo que, por ação do PS, não foram ao parlamento esclarecer as suas políticas.

"É escandaloso. Não me recordo de um nível destes. É um abuso completo da maioria absoluta", sublinhou.

Uma atitude que, segundo disse, se repete na polémica entre António Costa e Carlos Moedas.

Nessa questão, Luís Montenegro também recorreu ao verbo "habituar", mas aplicado a António Costa e para lembrar que agora o presidente da Câmara de Lisboa é Carlos Moedas.

Lembrando ainda que António Costa já exerceu essas funções, considerou que a atitude do primeiro-ministro pode também resultar de um "problema de consciência" pela "ineficácia" das gestões socialistas para resolver o problema da drenagem da água no território de Lisboa.

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  • Alternativa
    17 dez, 2022 Precisa-se 17:58
    Segundo as sondagens - que valem o que valem mas ainda são o que vai havendo para auscultar a Opinião Pública - neste momento, o Costa já não tinha Maioria Absoluta, como nem sequer conseguia formar governo pois a Direita já é maioritária. Mas para o Marcelo imitar o Sampaio, que demitiu um governo maioritário alegando que "a atual Maioria absoluta já não traduz o sentir da Sociedade Portuguesa", é preciso que haja uma certeza que novas Eleições Gerais antecipadas não dão origem ao mesmo quadro na AR. Para isso, o PSD tem de dizer claramente ao que vem, e isso exige um plano alternativo de governo. Até agora pouco ou nada se viu desse plano alternativo. E ir para o governo para replicar a governação dos tempos da Troika, não obrigado. Já tivemos a nossa dose de cortes de salários e pensões, de fecho de serviços e apoios públicos essenciais, de cortes cegos, de impostos sobre impostos, e de lançar os portugueses uns contra os outros. Um Pedro Passos Coelho, chegou e sobejou.

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