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BE não antevê mais obstáculos à promulgação da lei da eutanásia

11 dez, 2022 - 13:54 • Lusa

O texto da lei aprovado na sexta-feira Assembleia da República seguirá para o chefe de Estado.

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A coordenadora do Bolo de Esquerda (BE) considera que será difícil "compreender que haja mais obstáculos" à promulgação da lei da eutanásia, ressalvando que o Presidente da República "fará o que entender".

O texto da lei aprovado na sexta-feira Assembleia da República seguirá para o chefe de Estado e, considerou Catarina Martins, "é difícil que haja obstáculos a esta lei neste momento", ressalvando que "o Presidente fará o que entender".

"Uma vez que é a terceira vez que o Parlamento aprova, é a terceira legislatura em que esta lei e debatida, o Tribunal Constitucional já se pronunciou e diz que tem cabimento constitucional, as precisões que pediu foram feitas, o senhor Presidente da República não levantou nenhum obstáculo constitucional, disse só que havia uma questão terminológica que queria que fosse resolvida e ficou resolvida e, portanto, é difícil compreender que haja mais obstáculos a que a lei possa ser promulgada", sustentou.

A líder falava em Mirandela, no distrito de Bragança, à margem de uma sessão com o movimento que se opõe à instalação de um parque eólico na serra dos Passos.

Questionada pelos jornalistas sobre a expectativa em relação à decisão que o presidente da República irá tomar relativamente à lei que despenaliza a morte medicamente assistida, a coordenadora do BE salientou que "foi aprovada pela terceira vez no parlamento por uma ampla maioria política muito diversa" e considerou que "é uma lei muito cuidadosa", "feita já em três legislaturas".

Catarina Martins insistiu que a atual versão da lei dá resposta a todas as questões que foram suscitadas e defendeu que "não há nenhuma razão para o país esperar mais por ter uma lei que o que faz é respeitar cada um e cada uma que fique confrontado com uma situação de sofrimento intolerável no final da sua vida".

"É sobretudo uma lei de tolerância, uma lei de direitos, cuidadosa e este é o momento de Portugal finalmente ter esta lei", afirmou.

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  • EU
    11 dez, 2022 PORTUGAL 22:08
    Todo o ser vivo um dia morre. Não matarás, aprendi enquanto criança. Já adulto presenciei doentes em fase terminal PEDIR suplicando a profissionais da saúde para NÃO os deixarem morrer. É cruel, é DESUMANO ouvir esta Senhora falar sobre a eutanásia. O acto EUTANÁSIA não devia poder ser aprovada como uma qualquer lei, mas sim devia ser OBRIGATORIA a audição de TODOS os Médicos inscritos na Ordem dos Médicos, uma vez que são Eles a proceder a esse acto. Estou convencidissimo que a grande maioria dos Médicos não se propõe MATAR seja quem for. Não tenham medo das palavras. A eutanásia é um ACTO de MORTE ou de MATAR. Arranjem, isso sim, locais DIGNOS para os vivos incuráveis poderem ter um final de vida sem sofrimento e sem dor, mas com a legitimidade do SER HUMANO.

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