Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Carlos ​César exige ao PS "maior rigor nas condutas" e "um mais apurado sentido de orientação"

25 nov, 2022 - 21:43 • Susana Madureira Martins

Presidente do PS lança avisos ao partido na noite em que os socialistas assinalam os sete anos de governação de António Costa. Carlos César quer "um mais apurado sentido de orientação" e "maior rigor das condutas". O estado maior socialista todo reunido numa sessão lisboeta que contou com o ex- Presidente do Parlamento, Eduardo Ferro Rodrigues, ou o ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita.

A+ / A-

Numa altura em que a maioria absoluta vive encharcada de casos e polémicas , Carlos César pede ao PS "um mais apurado sentido de orientação e, simultaneamente, o maior entusiasmo e o maior rigor nas condutas e na concretização das tarefas que nos cabem na ação governativa".

Ausente da sessão noturna que reuniu na estação fluvial do Tereiro do Paço todo o estado maior do PS, o presidente do partido enviou uma mensagem vídeo onde salienta que as "responsabilidades políticas actuais são intransferíveis", vincando isso "mesmo considerando todas as dificuldades que nos trouxeram eventos inesperados como a pandemia ou a guerra no leste europeu, ou a maior inflação internacional das últimas décadas".

Sem falar dos casos que têm marcado a ação do terceiro Governo de António Costa, o presidente socialista avisa o partido que "o que fazemos e o que fizermos, melhor ou pior, a nós deveremos". É ao PS que serão pedidas contas por quem depositou nele o voto:" os portugueses confiaram em nós; cabe-nos, assim, continuar a honrar a confiança dos portugueses".

César pede ainda que se prossiga o caminho encetado desde há sete anos.

Foi possível "evitar uma crise sistémica no sector bancário", foi possível "colocar as contas públicas em ordem" e recuperar "a confiança externa dos investidores e nos mercados financeiros". Mas, há um mas.

O PS precisa de "prosseguir esse caminho, associando-o ao provimento das carências sociais e infraestruturais que o País ainda detém", assume César, que reconhece que "o apoio que tantas pessoas hoje carecem com o surto inflacionário ou os encargos acrescidos dos créditos à habitação".

No plano externo também há desafios. César refere "a turbulência e cruzamento de interesses" que a Europa vive, "que prenuncia um novo ciclo", sendo essa "uma tarefa crescentemente exigente e insuscetível de ser negligenciada" por um partido que "reafirmou-se como factor de estabilidade e de coesão nacional".

Um César com mensagem à distância, numa estação fluvial no Terreiro do Paço, em Lisboa, à pinha, onde participou o Governo em peso - a ministra da Presidência, o ministro das Finanças, da Educação ou da Segurança Social - e onde sapareceram ex-ministros, casos de Eduardo Cabrita ou Pedro Marques e também o ex-Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+