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Jerónimo formaliza saída do parlamento, Duarte Alves é o substituto na bancada do PCP

08 nov, 2022 - 12:25 • Lusa

Duarte Alves, de 31 anos, era o "número três" pelo círculo eleitoral de Lisboa nas últimas eleições legislativas.

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O secretário-geral cessante do PCP, Jerónimo de Sousa, apresentou esta vterça-feira a renúncia ao mandato de deputado à Assembleia da República e vai ser substituído por Duarte Alves, um dos mais jovens dirigentes do partido.

Depois de anunciar no domingo que ia deixar de ser deputado, Jerónimo de Sousa “formalizou hoje a apresentação da sua renúncia ao mandato de deputado na Assembleia da República”, anunciou em comunicado a direção comunista.

Duarte Alves, de 31 anos, era o "número três" pelo círculo eleitoral de Lisboa nas últimas eleições legislativas em que o PCP apenas elegeu dois deputados: Jerónimo de Sousa e Alma Rivera.

O economista já foi deputado durante as XIII e XIV legislaturas e ficou conhecido por integrar a comissão de inquérito às perdas do Novo Banco imputadas ao Fundo de Resolução. No parlamento acompanhava matérias como o Orçamento do Estado e finanças, e energia.

Na noite de sábado, o PCP anunciou que Jerónimo de Sousa ia deixar de ser secretário-geral e que Paulo Raimundo, de 46 anos, era o nome proposto para o substituir. Ao fim de quase 18 anos, Jerónimo de Sousa alegou motivos da saúde para abandonar a meio o último mandato como líder do partido, para o qual foi eleito em novembro de 2020.

Paulo Raimundo, um dos únicos dirigentes que faz parte do Comité Central, da Comissão Política e do Secretariado (é também o mais novo elemento deste órgão), é um conhecido das bases comunistas, mas tem uma presença mediática residual.

A escolha, confirmou o próprio secretário-geral cessante no domingo aos jornalistas, gerou surpresa dentro do Comité Central, mas acabou por ser acolhida pela maioria.

No domingo, em conferência de imprensa para apresentar as conclusões da última reunião do Comité Central, Jerónimo de Sousa também anunciou que iria deixar de ser deputado e admitiu não voltar à Assembleia da República para uma última intervenção.


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