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PSD quer saber se Costa interferiu junto do Banco de Portugal “para manter Isabel dos Santos intocável”

11 nov, 2022 - 10:48 • Olímpia Mairos com redação

Em causa está a denúncia feita por Carlos Costa, antigo governador do Banco de Portugal, que, em livro, revela ter sido pressionado pelo primeiro-ministro para manter Isabel dos Santos na administração do BIC.

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O PSD quer saber se o Primeiro-ministro pressionou o ex-governador do Banco de Portugal para “manter Isabel dos Santos intocável”. Em causa as denúncias feitas por Carlos Costa - o homem que esteve à frente do Banco de Portugal - num livro onde diz que António Costa terá pressionado para manter a empresária angolana na administração do Banco BIC.

O vice-presidente do PSD quer saber, nomeadamente, “se e por que” o Primeiro-ministro “interferiu junto de uma instituição independente para manter intocável Isabel dos Santos”.

“O país precisa dessa resposta”, insistiu Leitão Amaro.

“Se interferiu, porque é que interferiu para deixar intocável Isabel dos Santos.”

O PSD considera que “seria uma situação demasiado grave” e, por isso, “o primeiro-ministro tem de responder”.

No livro “O Governador”, de Luís Rosa, pré-publicado no jornal “Observador”, o antigo governador do banco de Portugal declara que o primeiro-ministro lhe disse que “não se pode tratar mal a filha de um Presidente de um país amigo de Portugal”.

Na quinta-feira à noite, à entrada para a reunião da Comissão Política do PS, António Costa, questionado pelos jornalistas, admitiu processar judicialmente o antigo governador do Banco de Portugal por ofensa à sua honra.

“Foram proferidas pelo doutor Carlos Costa declarações que são ofensivas da minha honra, do meu bom nome e da minha consideração”, declarou o líder socialista, acrescentando ter contactado Carlos Costa e que o ex-governador do Banco de Portugal “não se retratou nem pediu desculpas”.

“E, portanto, constituí como meu advogado o doutor Manuel Magalhães e Silva, que adotará os procedimentos adequados contra o doutor Carlos Costa, para defesa do meu bom nome, da minha honra e consideração. É a justiça também a funcionar”, disse.

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