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“Políticas não vão mudar"

Costa agradece a Marta Temido e diz que substituição não será rápida

30 ago, 2022 - 15:13 • Ricardo Vieira

Marta Temido continua à frente do Ministério da Saúde até à apresentação da direção executiva do SNS, que está prevista para 15 de setembro. “Não estava a contar com esta mudança", afirma o primeiro-ministro, que afasta uma remodelação profunda no Governo.

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O primeiro-ministro, António Costa, agradece o trabalho de Marta Temido e diz que substituição da ministra da Saúde, que apresentou a demissão esta madrugada, "não será rápida".

O chefe do Governo fala numa demissão "inesperada" e diz que, "desta vez", não se sentiu "em condições de não aceitar o pedido".

António Costa compreende e respeita as razões invocadas por Marta Temido e admite que a morte de uma grávida terá sido "a gota de água".

"Ser membro do Governo é muito exigente e às pastas particularmente desgastantes. Para quem foi ministra da Saúde num período tão duro como tivemos de enfrentar, percebo que alguém estabeleça como linha vermelha a existência de falecimentos em serviços sobre a sua tutela."

"Respeito a avaliação que fez e a decisão que tomou. Quero manifestar o agradecimento profundo pelo trabalho desenvolvido ao longo destes anos por Marta Temido", afirmou o primeiro-ministro, numa declaração aos jornalistas no Palácio de São Bento.

António Costa sublinha que Marta Temido "teve que enfrentar situação única e extraordinária da pandemia" de Covid-19 e tinha em curso "reformas importantes para robustecer o SNS e melhorar cuidados de saúde aos portugueses", reformas que o executivo vai agora prosseguir.

O primeiro-ministro sublinha que a substituição de Marta Temido ainda vai demorar, porque tem que preparar o Conselho de Ministros extraordinário da próxima segunda-feira, onde serão aprovados apoios para as famílias enfrentarem a inflação, e depois vai realizar uma visita a Moçambique.

“Não estava a contar com esta mudança e tenho que pensar nisso devidamente. Hoje tenho preparar o Conselho de Ministros extraordinário da próxima semana”, declarou António Costa.

O chefe do Governo quer que seja ainda Marta Temido a apresentar a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, um dos pontos da reforma do SNS.

"Estava agendado para o próximo dia 15 [de setembro], no Conselho de Ministros, pode ser que consigamos ou não antecipá-lo, mas era muito importante que ainda fosse a atual ministra a apresentá-la ao Conselho de Ministros, de forma a que não tivéssemos mais atrasos na aprovação deste diploma que é uma peça-chave na reforma do Serviço Nacional de Saúde", declarou.

Questionado pelos jornalistas, António Costa afastou a possibilidade de uma remodelação profunda no executivo e avisa que no setor da Saúde as “políticas não vão mudar, são do Governo”.

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  • ze
    30 ago, 2022 aldeia 21:35
    Por quanto tempo não haverá responsáveis governamentais (do PS ) na área da saúde? O P.R. tomará alguma medida urgentemente a bem dos portugueses?Pois se a ministra se demite,todo o ministerio da saúde fica sem funções.E falava tanto de resiliência.........
  • Maria
    30 ago, 2022 Palmela 16:02
    Politica de morte! Qual vida se as pessoas estao a morrer!
  • Américo
    30 ago, 2022 Ansiao 14:22
    "..Respeito a avaliação que fez e a decisão que tomou. Quero manifestar o agradecimento profundo pelo trabalho desenvolvido ao longo destes anos por Marta Temido...", no sentido de "destruir" o SNS, pois "engordar" a saúde durante o seu reinado em 3 mil milhões de euros, aumentar os recursos humanos em 20 mil e quase duplicar o número de Portugueses sem médico de família, é Obra. Sinceramente.

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