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OE 2022. PCP considera que proposta "não responde" a problemas centrais

11 abr, 2022 - 12:41 • Lusa

Os comunistas defendem a "necessidade urgente de aumentar os salários e as pensões para melhorar as condições de vida, mas também travar o aumento do custo de vida, nomeadamente combater os preços especulativos que hoje afetam não só os combustíveis e a energia, mas também um conjunto de bens alimentares, e que exige a adoção de medidas".

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O PCP considerou esta segunda-feira que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 "não responde" aos problemas "centrais", como o aumento de salários e pensões, e acusou o Governo de manter a "obsessão da redução do défice".

"Ao que tudo indica a proposta que o Governo está a preparar de Orçamento do Estado para 2022 não responde àquelas que são as questões centrais no nosso país, os problemas que afetam os trabalhadores e o povo", afirmou a líder parlamentar do PCP aos jornalistas na Assembleia da República.

Paula Santos defendeu a "necessidade urgente de aumentar os salários e as pensões para melhorar as condições de vida, mas também travar o aumento do custo de vida, nomeadamente combater os preços especulativos que hoje afetam não só os combustíveis e a energia, mas também um conjunto de bens alimentares, e que exige a adoção de medidas".

Na ótica do PCP, essas medidas devem passar pelo "controlo e a fixação de preços máximos, de forma a combater não só esses preços especulativos, mas também impedir que a guerra e as sanções, tal como a epidemia, estejam a ser o pretexto por parte dos grupos económicos para acumular lucros à custa do empobrecimento dos trabalhadores e do povo".

Noutras áreas, a comunista destacou também a "necessidade de fixar profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde", uma "justa política fiscal" ou o reforço as medidas para a habitação e a criação de uma rede pública de creches, defendendo que, se em outubro, quando o orçamento para este ano foi rejeitado, estas propostas "eram essenciais, hoje elas ainda são mais urgentes, considerando o agravamento das condições de vida".

Alerta para o agravamento do custo de vida

Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o executivo para conhecer as linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), a deputada Paula Santos criticou que o Governo mantenha "a centralidade na obsessão da redução do défice e na transferência dos custos do agravamento do custo de vida para os trabalhadores e o povo".

"E o PCP considera que é necessário romper com este caminho e é necessária uma resposta que efetivamente resolva os problemas" que afetam os portugueses, defendeu a líder parlamentar comunista.

Apesar de não conhecer em detalhe o OE2022, Paula Santos lamentou que "se o Governo do PS recusou em outubro as propostas que o PCP tinha adiantado para resolver estes problemas, esta proposta poderá ficar ainda mais longe com a continuação da recusa destas soluções".

"Ao que tudo indica o Governo do PS não está disponível nem para aumentar salários nem para intervir onde é necessário no que diz respeito ao combate à especulação dos preços, no lucro dos grupos económicos", defendeu, salientando que estão "à vida as opções por parte do PS e da sua maioria absoluta".

A ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e a equipa do Ministério das Finanças, liderada por Fernando Medina, estão esta manhã a apresentar as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2022 aos grupos parlamentares e deputados únicos na Assembleia da República.

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