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Alemanha

SPD vai defender mais crescimento em eventuais negociações com Merkel

23 set, 2013 - 13:32 • José Pedro Frazão, em Berlim

A chanceler Angela Merkel renovou e reforçou o seu mandato ao conseguir uma maioria próxima da absoluta. Agora, é tempo de pensar em parceiros de coligação.

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O SPD pode ser um dos partidos com quem a CDU de Angela Merkel pode vir a negociar uma coligação para governar a Alemanha. A Renascença falou com um dirigente, que revela as exigências do SPD.

Mais crescimento económico e não apenas austeridade. É a principal diferença que o SPD pode querer marcar numa possível coligação com Angela Merkel.

“Se entrarmos numa coligação, temos de sublinhar que temos uma concepção diferente das causas da crise. As nossas respostas são diferentes e, obviamente, não as poderemos aplicar a 100%, mas vamos exigir um programa de crescimento para a Europa e a revisão desta política que prevê apenas austeridade. Isto estará no nosso programa e executaremos em parte, se tivermos de entrar nessa grande coligação”, afirma à Renascença o conselheiro económico e vice-presidente do partido em Berlim, Philipp Steinberg.

O SPD coloca a bola do lado de Merkel para tomar a iniciativa de começar uma negociação. No final da semana, os sociais-democratas vão ser mais claros.

“Teremos uma convenção do partido na próxima sexta-feira para discutir esta matéria e estabelecer condições claras para uma negociação. Pessoalmente, considero que a introdução do salário mínimo seria uma fronteira que nos divide. É uma das tais linhas vermelhas”, explica o dirigente.

O problema para o SPD é que Merkel virou um pouco à esquerda. Mas essa é também uma janela de oportunidade entre os dois maiores partidos da Alemanha.
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