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​PCP quer "preços máximos" para combustíveis, energia, gás e bens alimentares essenciais

17 mar, 2022 - 17:00

Os comunistas exigem ao Governo "a defesa e proteção das famílias face ao aumento geral dos preços" e que não haja "complacência com a especulação", apresentando como solução que se imponham "preços máximos de venda final" em diversos produtos, incluindo alimentares.

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Não são usadas as palavras “Rússia”, nem “Ucrânia”, nem é expressa qualquer posição sobre o conflito entre estes dois países. No comunicado que o PCP divulgou esta quinta-feira, Paulo Raimundo, membro do Secretariado e da Comissão Política do partido, exige ao Governo que "não pode fechar os olhos a esta realidade nem à especulação que está em curso".

Perante o aumento de preço dos combustíveis, energia, gás, e de bens alimentares essenciais, o dirigente comunista considera que "a situação exige determinação e não medidas que, sendo importantes, são manifestamente insuficientes e de curto alcance". E para isso "há que agir e travar a gula dos monopólios".

E como se trava? O PCP estende a mão ao Governo. Raimundo diz que o partido "está, como sempre esteve, disponível para propor e encontrar soluções" e propõe como medida imediata "a imposição de preços máximos de venda final", não só para os combustíveis, mas "tem que ser considerada também em matérias da energia, gás, e a todos os bens essenciais, em particular dos alimentares".

Em relação aos combustíveis os comunistas continuam a propor medidas fiscais que "podem e devem ser consideradas", como a proposta reiterada de "eliminação do adicional ao imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) e o fim da dupla tributação que se verifica do IVA sobre o ISP" e consideram "urgente a redução do IVA de 13% para os 6% no gás e de 23% para os 6% na eletricidade".

No comunicado, Paulo Raimundo exige ao Governo que não exista "complacência com a especulação".

Os comunistas salientam que "os combustíveis que hoje estão à venda foram comprados há meses e a preços consideravelmente mais baixos dos que se anunciam para maio próximo" e regressam à tese do "crime económico que resultou do caminho das privatizações, da liberalização de preços".

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