Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

“Uma vergonha sem limites”. Rio critica novo pedido de ajuda do Novo Banco

10 mar, 2022 - 08:33 • Olímpia Mairos , com Redação

Em ano de lucros, Novo Banco prepara-se para ir buscar mais 200 milhões de euros ao Fundo de Resolução.

A+ / A-

O presidente do PSD classifica como “uma vergonha sem limites” a notícia que o Novo Banco vai pedir mais dinheiro ao Fundo de Resolução.

No Twitter, Rui Rio escreve que o “Governo encara a situação com a maior das tranquilidades” e que a Justiça assiste “calmamente sentada no camarote”.

“É assim que o País ‘funciona’; sendo certo que assim não tem futuro”, lamenta.

O Novo Banco anunciou esta quarta-feira lucros de 184,5 milhões de euros em 2021 e pediu mais 209 milhões de euros em ajudas ao Fundo de Resolução.

Este foi o primeiro ano em que o Novo Banco apresentou resultados positivos, que comparam com prejuízos de 1.329,3 milhões em 2020.

Apesar do lucro superior a 180 milhões de euros, a instituição volta a recorrer ao Fundo de Resolução. O pedido de mais 209 milhões é justificado pelo banco, propriedade do fundo Lone Star, com o impacto de um mecanismo de tributação de imóveis inscrito no Orçamento do Estado de 2021.

O Novo Banco foi criado em agosto de 2014, na resolução do Banco Espírito Santo (BES).

No âmbito da venda de 75% do Novo Banco à Lone Star em 2017 foi feito um acordo de capitalização. Então, o Fundo de Resolução comprometeu-se a, até 2026, cobrir perdas com ativos 'tóxicos' com que o Novo Banco ficou do BES até 3.890 milhões de euros.

Desde então, a cada ano, as injeções de capital do Fundo de Resolução no Novo Banco têm provocado polémica.

Até ao momento, ao abrigo deste acordo, o Novo Banco já consumiu 3.405 milhões de euros de dinheiro público.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+