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Portugal não pode andar de crise em crise com governos provisórios de dois anos, diz Costa

03 jan, 2022 - 20:01 • Lusa

Posição foi transmitida pelo líder do PS no final do discurso com que encerrou a apresentação das linhas gerais do programa eleitoral do PS.

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O secretário-geral do PS advertiu hoje que o crescimento económico sustentado do país é incompatível com crises políticas frequentes no país e com "governos provisórios de dois anos" e considerou essencial a existência de estabilidade política.

Esta posição foi transmitida por António Costa no final do discurso com que encerrou a apresentação das linhas gerais do programa eleitoral do PS - sessão que se realizou no Parque Mayer, em Lisboa.

Na parte mais política da sua intervenção o líder socialista defendeu que Portugal tem pela frente "um conjunto muito importante de tarefas: Vencer a pandemia, focar na recuperação e possuir a ambição de progredir e ir mais além".

"Para que isto seja possível, é necessário um Governo que olhe para o país e mantenha a estabilidade das políticas nos próximos quatro anos", disse, deixando depois uma advertência.

"Para responder a estes desafios, não podemos andar de crise em crise, não podemos viver em governos provisórios de dois anos. Precisamos de um Governo estável para os próximos quatro anos", declarou.

Segundo António Costa, o PS apresenta-se às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro próximo "para assegurar a estabilidade no país, mas também para responder a compromissos concretos em relação às famílias e empresas que constavam do [chumbado] Orçamento do Estado para 2022".

"Já sabemos que, sem uma maioria do PS, esses compromissos não podem passar na Assembleia da República. É preciso colocar o foco na recuperação e para isso é necessária estabilidade", argumentou, numa intervenção em que prometeu repor com efeitos retroativos a 01 de janeiro deste ano todas as medidas que faziam parte do Orçamento chumbado, designadamente em matéria de pensões e de desagravamento fiscal.

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  • Cidadao
    04 jan, 2022 Lisboa 18:11
    Concordo em absoluto, excepto na parte da Maioria Absoluta para o PS: isso tem de ser combatido de todas as formas legais possíveis. Para o PS e para o PSD que é o PS com um "D" no fim do nome. A Política é a arte do possível e de fazer compromissos. Só quer Maioria Absoluta, quem se quer impor, sem ter de negociar com ninguém, e fazer o que quer e lhe apetece ignorando outras opiniões e anseios de outras franjas do eleitorado. O eleitorado não pensa todo da mesma maneira e o que é bom para o PS, pode não ser bom para outras franjas do Eleitorado. A instabilidade a existir, é culpa daqueles políticos que julgam ter algo a ganhar com a queda do governo, seja fixar o seu eleitorado em fuga, seja achar que chegou a oportunidade e a altura de ter Maioria Absoluta. Ou seja, daqueles que pensam nos ganhos próprios e não no mandato que os Eleitores lhes conferiram. Pode pedir maioria absoluta e acenar com medos, terrores, um quadro apocalíptico e uma data de promessas fantásticas para enganar os incautos. Mas eu conheço-o de outros Carnavais e de mim não leva nada. Nem você, nem o Parolo do Norte.

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