Tempo
|
A+ / A-

CDS-PP

Nuno Melo afirma que Conselho Nacional do CDS é ilegal e não participa na reunião

12 dez, 2021 - 17:18 • Lusa

Nuno Melo argumenta que o Conselho Nacional do CDS "tem vindo a reunir com violação de regras regimentais e legais e inaceitável parcialidade na condução dos trabalhos".

A+ / A-

O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo afirma que não participa no Conselho Nacional do partido este domingo, alegando que esta reunião foi convocada em violação das regras regimentais e que a condução dos trabalhos é parcial.

Esta posição consta de uma nota pública divulgada por Nuno Melo, na qual também acusa a direção do seu partido de incoerência ao defender uma coligação com o PSD no círculo eleitoral dos Açores.

O Conselho Nacional do CDS-PP reúne-se, extraordinariamente, este domingo, tendo como ponto único de deliberação a aprovação da coligação do partido com o PSD e PPM no círculo eleitoral dos Açores nas próximas eleições legislativas.

"A urgência da convocatória resulta da necessidade de aprovar a coligação proposta pelos órgãos regionais dos Açores", lê-se na convocatória enviada aos conselheiros nacionais do CDS-PP.

Nuno Melo argumenta que o Conselho Nacional do CDS "tem vindo a reunir com violação de regras regimentais e legais e inaceitável parcialidade na condução dos trabalhos".

"Incompreensivelmente, os conselhos nacionais do CDS são desde há muito apenas urgentes e virtuais. Reuniões que por norma eram presenciais, com entrega de documentos bastantes e tempo para meditação nos temas - como sucede no restante firmamento dos partidos democráticos - passaram a exceção no CDS. São os estranhos tempos", escreve o eurodeputado democrata-cristão.

De acordo com Nuno Melo, o Conselho Nacional "decorre de outro, cuja convocatória o Conselho Nacional de Jurisdição declarou nula e de nenhum efeito, mas que adiou o congresso do partido antes aberto".

"O próprio tribunal do partido foi agora igualmente suspenso pelo respetivo presidente, Alberto Coelho, para evitar que a democracia funcione e possa ser proferida uma decisão acerca da impugnação que apresentei", assinala.

No plano político, o eurodeputado democrata-cristão diz que a proposta de coligação com o PSD nos Açores acontece no momento em que o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, acusa o Rui Rio de estar "mais próximo de António Costa do que de Sá Carneiro".

"Estamos a oito dias do fim do prazo de entrega de listas de deputados em Tribunal (dia 20 de dezembro), e a quase totalidade das distritais não têm qualquer conhecimento dos nomes escolhidos pela direção para encabeçarem cada lista, em cada círculo eleitoral", acrescenta.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+