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Vacinação Covid-19 em crianças. “Provavelmente vamos começar com os 11 anos”, diz Costa

08 dez, 2021 - 12:18 • Joana Gonçalves , Marta Grosso

António Costa apela a todos os portugueses que tomem cautelas neste Natal e, aos elegíveis, que tomem a vacina de reforço contra a Covid-19, para chegarmos "mais seguros à ceia de Natal".

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O primeiro-ministro anunciou, nesta quarta-feira, que a vacinação de crianças deverá arrancar na faixa etária dos 11 anos.

“Provavelmente, vamos começar com as crianças de 11 anos e depois vamos descendo até aos 5 anos”, afirmou António Costa numa entrevista ao programa “Casa Feliz”, da SIC.

A recomendação de vacinar as crianças entre os 5 e os 11 anos foi dada na terça-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS). "Hoje, felizmente temos uma vacina própria para crianças" e as "as primeiras doses chegam no dia 13", afirmou o chefe do executivo.

António Costa sublinha que a decisão de vacinar cabe aos pais – "o Estado não vai obrigar ninguém a ser vacinado" – mas lembra que "uma criança infectada tem um efeito no funcionamento no conjunto da sociedade", pois "Implica a interrupção do processo de aprendizagem", muitas vezes com "o isolamento de toda a turma".

"Já tivemos dois anos letivos com perturbações, o que é mau para as próprias crianças, para a organização das famílias e, a prazo, um problema para a sociedade", defendeu.

Nesta faixa etária, há 600 mil crianças. Portugal encomendou 700 mil vacinas, que chegarão a partir de 13 de dezembro até ao final de janeiro. "Temos também já compradas as segundas doses", resta a DGS "definir o intervalo entre a primeira e a segunda dose" - passo importante para se determinar quando começa este processo de vacinação, "para podermos assegurar que temos vacinas".

O calendário de vacinação neste grupo etário será apresentado na sexta-feira, dia 10 de dezembro.

"Tomem todas as cautelas"

O primeiro-ministro pediu também a todos os portugueses que reforcem as medidas de proteção individual, a testagem e a vacinação de reforço contra a Covid-19.

“Tomem todas as cautelas”, apelou o chefe de Governo.

"Apelo mesmo a que o façam, porque quanto mais depressa o fizerem mais seguro chegamos à ceia de Natal", reforçou, numa referência à terceira dose da vacina contra a Covid-19.

Questionado sobre se teria avançado para a liderança do PS se soubesse o que o esperava, António Costa diz que preferia ter governado noutras condições, mas os políticos "estão aqui para as ocasiões".

"Tenho a consciência tranquilo, porque fiz tudo e a minha equipa fez tudo, tudo tudo o que estava ao nosso alcance para responder [a esta crise] o melhor possível", acrescenta.

António Costa lembra que governar um país não é apenas olhar para a saúde e dá o impacto do confinamento na economia como exemplo.

O primeiro-ministro afirma ainda que é tempo de dar atenção à saúde mental, muito afetada por tudo o que a pandemia tem implicado, e lembra que "há mais saúde para além da Covid".

É nesse sentido que, enquanto cidadão, António Costa também tenta ter momentos de descontração, sobretudo em família ou passeando os cães.

Na rua, diz, diz que tem ouvido palavras simpática das pessoas, "o que não é comum em política".

"Já ouvi muita coisa, desde o 'vai trabalhar malandro' ao 'um dia vais ver', mas havia uma palavra que nunca tinha ouvido e, ao longo destes dois anos, ouvi algumas vezes: 'obrigado'. Até de pessoas que me vieram dizer que não são do meu partido", conta.

António Costa considera que "os portugueses têm um infinito bom senso e que compreendem bem as circunstâncias que vivemos". Por isso, admite, a palavra "obrigado" marcou.

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  • Americo Anastacio
    08 dez, 2021 Leiria 13:53
    Porquê o parecer ficar "secreto" ? A vacina não impede o contágio. Minimiza as consequências do contágio. Convinha esclarecer. E então usar a vacinação para propaganda, até mete dó.

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