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Opinião de Graça Franco

Luto parental. Nada chega para repor condições de regresso ao trabalho

09 set, 2021 - 10:27 • Olímpia Mairos

A comentadora considera que a ministra da Administração Pública, ao admitir, como pessoa, concordar com o alargamento de cinco para 20 dias para o chamado “período de nojo” está a dar uma enorme força.

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Luto parental. Nada chega para repor condições de regresso ao trabalho

Graça Franco saúda a abertura da ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, que, em entrevista à Renascença, admitiu apoiar o aumento do número de dias por luto parental de 5 para 20 dias.

“A ministra admitiu que nunca tinha pensado nisso como governante, mas deu logo o seu apoio como pessoa”, salienta.

E se a ministra disse que “talvez seja uma imprudência política”, a comentadora considera que “se calhar, é uma imprudência política dizer que se vai passar logo para os 20 dias”, assinalando, no entanto, que a posição de Alexandra Leitão “dá uma enorme força”.

“É aquilo que se pretende... sensibilizar para uma coisa que é evidente para todos nós e que demora a ficar consignado em lei”, sublinha.

Graça Franco nota que este é um assunto que divide os países, que têm regras muito diferentes, “porque há muitos países em que vigora, sobretudo, a lei de mercado e as convenções naturais”.

“Nem sequer na Dinamarca, onde há 130 dias, chega para repor aquilo que são as condições mínimas de regresso ao trabalho pela morte de um filho”, conclui.

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  • Ivo Pestana
    10 set, 2021 Madeira 12:59
    Vou ser honesto, já perdi familiares e não são mais uns dias que vai ajudar. O trabalho também distrai. Nestes momentos é a fé, que ajuda. Deus dá-nos consolo. Aos não crentes, é mais difícil ultrapassar a morte de alguém querido e por isso, recorrem a muitos métodos. Como a psicologia, farmacologia, férias, desporto e menos saudáveis como a bebida, drogas...procurem ajuda.

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