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OE2022: Uns querem "construir muros", o PAN quer "construir pontes"

26 out, 2021 - 17:43 • Lusa

Inês Sousa Real defendeu, no debate do Orçamento na generalidade, que os "interesses partidários não podem estar à frente dos interesses do país".

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A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, acusou hoje alguns partidos de quererem utilizar o debate sobre o Orçamento do Estado para 2022 "para construir muros", afirmou preferir "construir pontes" e defendeu que os "interesses partidários não podem estar à frente dos interesses do país".

"Senhor primeiro-ministro, evitar uma crise orçamental também está nas suas mãos. Mas para que isso aconteça, e é certo que temos presente que se uns querem usar este debate para construir muros, o PAN pretende usar este debate para construir pontes, para dar respostas ao país, aos desafios que temos pela frente e a uma crise que não desapareceu nem vai desaparecer tão depressa", defendeu.

A líder do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) - que já anunciou que o partido se irá abster na votação do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade na quarta-feira - intervinha no debate parlamentar sobre o documento.

"O nosso país vive, sem dúvida absolutamente nenhuma, momentos bastante difíceis. O debate em torno deste Orçamento do Estado tem que ser feito com seriedade, o que não se coaduna nem pode ser feito através de insinuações simbólicas e os interesses partidários não podem, de forma alguma, estar em frente daqueles que são os interesses do país", defendeu.

Esses interesses, continuou, "não podem estar também à frente da vida das pessoas, do desenvolvimento económico, do financiamento dos serviços públicos, e do combate à crise climática que também não desapareceu como pano de fundo".

"Juntar uma crise orçamental a uma crise sanitária sem precedentes é mais do que irresponsável, é mais do que um braço de ferro entre interesses partidários, é ter reais consequências para a vida das pessoas e para o futuro do país", vincou.

Inês Sousa Real disse que partido não espera milagres mas é responsável.

"No PAN não esperamos milagres, somos responsáveis e trabalhamos para que efetivamente se consigam respostas, mesmo que o trabalho seja difícil, mesmo que esbarre na intransigência ou que fique aquém daquilo que pretendemos", acrescentou.

O primeiro-ministro, António Costa, saudou a "postura construtiva" que o PAN tem mantido ao longo das negociações.

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