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Luto parental. ​Rui Rio de "acordo que se faça uma gradação"

09 set, 2021 - 13:02 • Redação

Questão deve ser discutida no Parlamento “com sentido de justiça, de humanidade e sem exageros”.

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O líder do PSD, Rui Rio, está genericamente de acordo com a proposta de aumento da licença por luto parental, que deve ser discutida no Parlamento “com sentido de justiça, de humanidade e sem exageros”.

Em declarações aos jornalistas em Oliveira do Hospital, Rui Rio reagiu à petição da associação Acreditar que defende o aumento de cinco para 20 dias da licença em caso de morte de um filho.

“Eu acho que é uma matéria que pode estar em cima da mesa, deve-se debater, mas ver na especialidade”, começou por dizer o líder social-democrata.

Rui Rio considera que “não há coisa pior que perder um filho, até podia dar 10 ou 20 anos [de licença] que não se recupera”.

O presidente do PSD não se compromete com o aumento do luto parental para 20 dias, mas defende uma gradação e que se olhe para o problema com sentido de justiça e humanidade.

“Estou de acordo, não é que vá de cinco para 20 dias. Estou de acordo que se olhe e se faça uma gradação em função daquilo que é normalidade. Há famílias em que perder uma pessoa, uma sogra, um sogro, é muito mais violento do que noutras famílias. Não podemos legislar para cada uma. Acho que se deve olhar para isso com sentido de justiça, de humanidade e sem exageros, sublinha.

A líder do PAN, Inês Sousa Real, anunciou na Renascença que vai propor o alargamento da licença de luto parental de cinco para 20 dias. O partido associa-se assim à petição lançada pela associação Acreditar e leva o assunto ao Parlamento através de um projeto lei que também pretende alargar o luto por perda gestacional e por morte do cônjuge.

Sobre um aumento generalizado da licença de luto, Rui Rio considera que, “apesar de tudo, não temos o mesmo grau de afetividade com todos os parentes próximos”.

“Penso que a perda de um filho é a coisa mais violenta que há, a perda de um pai ou de uma mãe também é muito violento, mas é a ordem da vida, estamos mais preparados para isso. Também devia haver aqui alguma discriminação consoante aquilo que, por norma, é a dor e o sofrimento da pessoa”, sublinha o líder do PSD.

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