Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Covid-19

Apoiantes do Chega manifestam-se em Lisboa contra restrições

01 jul, 2021 - 21:22 • Lusa

André Ventura considera que a situação atingiu um "nível insustentável", daí ter convocado a manifestação.

A+ / A-

Veja também:


Cerca de centena e meia de apoiantes do Chega manifestaram-se esta quinta-feira em Lisboa, junto à residência oficial do primeiro-ministro, contra as restrições decretadas pelo Governo para controlar a pandemia, alegando que estão "a matar o país".

Na concentração, promovida pelo partido, alguns dos participantes estavam sem máscara e muitos não cumpriam o distanciamento físico recomendado, tendo havido também cumprimentos com abraços e beijos na face, apesar das recomendações em contrário das entidades de saúde devido à disseminação do novo coronavírus.

Os manifestantes tinham cartazes que foram sendo distribuídos com palavras de ordem como "liberdade", "Governo para a rua", "restrição não" ou "Costavírus, a doença que está a matar Portugal".

Na frente do protesto, alguns apoiantes seguravam três tarjas com mensagens no mesmo sentido: "Chega de restrições", "restrição não é solução", e "socialismo também mata".

Enquanto esperavam pela chegada do presidente do partido, uma das manifestantes (que não usava máscara) subiu ao estrado onde estavam o microfone colocado para os discursos e tentou queimar uma máscara cirúrgica com um isqueiro, alegando ser "plástico, só faz mal", mas foi interrompida por um homem, que lhe retirou a proteção da mão.

Em declarações aos jornalistas logo após se ter juntado à concentração, o presidente do Chega disse que o partido procurou "sempre evitar manifestações contra as medidas de restrição, contra as questões relacionadas com a Covid-19 por respeito para com a pandemia", porém defendeu que "isto atingiu um nível insustentável".

"o Governo, que tinha dito que não voltaria atrás, está a voltar atrás numa série de concelhos", criticou, indicando que algumas zonas do país "estavam a agora começar recuperar um pouco da crise enorme que viveram no último ano" e não há "nenhum plano adicional de apoio".

Dirigindo-se ao executivo, André Ventura considerou que "o que estão a fazer é matar o país".

E justificou que "há um momento em que os políticos" têm de "convocar a sociedade civil para que a sociedade venha dizer aquilo que sente", recusando também "ser negacionista".

O deputado único do Chega disse também esperar que esta manifestação "seja a primeira de muitas contras estas restrições absurdas".

Depois das intervenções de três empresários sobre como as restrições afetaram os seus negócios, André Ventura discursou aos manifestantes e no final cantaram o hino nacional.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Silva
    02 jul, 2021 Lisboa 17:39
    Agora o chega é o partido dos negacionistas, está bonito isto, está. Para quando é que são corridos da politica, já está a passar dos limites.
  • José J C Cruz Pinto
    02 jul, 2021 ILHAVO 15:37
    "Na concentração, promovida pelo partido, alguns dos participantes estavam sem máscara e muitos não cumpriam o distanciamento físico recomendado, tendo havido também cumprimentos com abraços e beijos na face, ..." Então, que é da acusação pelo "crime de desobediência"?

Destaques V+