Tempo
|
A+ / A-

Covid-19

IL acusa ministro dos Negócios Estrangeiros de "falhanço em toda a linha"

03 jun, 2021 - 19:01 • Lusa

O Reino Unido anunciou esta quinta-feira que vai retirar Portugal da lista verde de países para viajar, com efeito a partir de terça.

A+ / A-

Veja também:


A Iniciativa Liberal (IL) acusou esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros de "falhanço em toda a linha" por ser incapaz de "assegurar uma gestão diplomática eficaz" e prejudicar o turismo, a economia, o emprego e a imagem do país.

A acusação da IL surge a propósito de o Governo britânico ter anunciado hoje que Portugal vai sair da "lista verde" de viagens internacionais, devido à descoberta de novas variantes de Covid-19 no país e ao aumento do número de infeções nas últimas semanas.

O ministro Augusto Santos Silva, diz a IL, falhou porque não conseguiu assegurar um gestão diplomática eficaz num momento em que os indicadores de saúde pública melhoraram muito e permitem até que o Governo português tenha decidido, na quarta-feira, aliviar restrições que tinham sido impostas devido à pandemia de Covid-19.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro e o Presidente da República estarão em Madrid para anunciar a candidatura conjunta à organização do Mundial de 2030, diz a IL, questionando depois: "E quem é que está em Londres em 2021 para explicar aos ingleses que é seguro viajar para Portugal?".

No comunicado, a IL insta o Governo a encetar todos os esforços para reverter a decisão britânica.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português, numa nota na rede social Twitter, disse tomar nota da decisão britânica, "cuja lógica não se alcança" e assinalou que o país prossegue um desconfinamento prudente.

Em Londres, operadores turísticos e dirigentes de companhias aéreas criticaram a decisão do Governo britânico.

Portugal, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores, vai deixar a "lista verde" de viagens internacionais do Governo britânico na terça-feira às 04:00, anunciou hoje o Ministério dos Transportes britânico.

Segundo o ministério, Portugal passa para a "lista amarela" para "salvaguardar a saúde pública contra variantes preocupantes" e proteger a o programa de vacinação britânico.

Os países na "lista amarela" estão sujeitos a restrições mais apertadas, nomeadamente uma quarentena de 10 dias na chegada ao Reino Unido e dois testes PCR, no segundo e oitavo dia, como já acontece com a maioria dos países europeus, como Espanha, França e Grécia.

A "lista verde" isenta de quarentena os viajantes que cheguem a território britânico, enquanto a "lista vermelha" exige quarentena de 10 dias num hotel designado, além de dois testes PCR.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.693.717 mortos no mundo, resultantes de mais de 171,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.029 pessoas dos 851.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+