A+ / A-

Empresas Ferroviárias contestam abolição das portagens nas ex-SCUT

04 mai, 2024 - 00:14 • Marisa Gonçalves

APEF critica a aposta na rodovia em detrimento da ferrovia, quando o Estado decidiu aumentar a taxa de uso da infraestrutura ferroviária em 23%.

A+ / A-

A Associação Portuguesa das Empresas Ferroviárias (APEF) lamenta que tenha sido aprovada, na Assembleia da República, a abolição das portagens nas ex-SCUT.

Miguel Rebelo de Sousa, diretor-executivo da associação, diz à Renascença que a medida vai permitir que o transporte rodoviário de mercadorias fique mais barato e competitivo, penalizando assim a ferrovia, numa altura em que sobem os custos.

“Nós ouvimos o poder político a dizer que está a investir na ferrovia, mas, ao mesmo tempo, as portagens que a ferrovia paga para utilizar a infraestrutura ferroviária aumentaram, desde o início do ano, 23%”, afirma.

O responsável diz concluir que os partidos representados no parlamento decidiram apostar na rodovia e “discriminar a ferrovia, prejudicando o setor”, apesar dos milhões de euros que têm sido investidos na infraestrutura ferroviária.

“É para nós um pouco caricato estarmos a ver que o transporte rodoviário que, supostamente, é o mais sustentável e aquele onde o país está a fazer um forte investimento para ser mais competitivo, está a aumentar os seus custos de operação, enquanto o transporte rodoviário, que toda a gente diz que foi um erro ter-se apostado na ferrovia, está a ter mais medidas para aumentar a sua competitividade”, aponta Miguel Rebelo de Sousa.

A APEF apela ainda a que sejam tomadas medidas equitativas por parte do Governo e dos decisores políticos que permitam compensar o transporte ferroviário pela perda de competitividade face à rodovia, nomeadamente no que diz respeito à taxa de uso da infraestrutura.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+