Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Presidenciais 2021

Candidato Marcelo apela aos portugueses que levem o confinamento a sério

16 jan, 2021 - 19:41 • Lusa

Se o novo confinamento não for respeitado, "a primeira consequência imediata é o aumento da pressão sobre as estruturas de saúde, que ninguém deseja e que é mesmo muito indesejável".

A+ / A-

Veja também:


O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa apelou este sábado aos portugueses para que levem o confinamento a sério e não o encarem como leve ou facultativo, evitando sobrecarregar ainda mais os serviços de saúde.

Marcelo Rebelo de Sousa fez este apelo no final de uma reunião com a estrutura diretiva da Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, no distrito de Setúbal, num dia em que a propagação da Covid-19 em Portugal voltou a atingir recordes diários, com 166 mortes e 10.947 novos casos de infeção com o novo coronavírus.

"Não é de mais apelar a todos para que não vejam este estado de emergência e este confinamento como um confinamento suave, um confinamento leve, um confinamento facultativo, um confinamento que não é para levar a sério", afirmou o chefe de Estado e recandidato ao cargo, perante os jornalistas.

O candidato presidencial apoiado por PSD e CDS-PP realçou que se o dever de recolhimento domiciliário que vigora desde sexta-feira não for respeitado "a primeira consequência imediata é o aumento da pressão sobre as estruturas de saúde, que ninguém deseja e que é mesmo muito indesejável".

"A segunda consequência é alongar o confinamento", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa reforçou o apelo para que os portugueses façam "um esforço para levarem a sério este confinamento, como se leva a sério noutras sociedades europeias, porque ele existe porque é necessário", insistindo que é preciso evitar "situações de stresse, de ambulâncias à espera" nos serviços de saúde e "achatar a curva" de evolução da Covid-19.

Questionado se considera que é o Governo que está a passar mal a mensagem ou se são as pessoas que estão a desvalorizar a situação, respondeu: "Provavelmente, como em tudo na vida, são as duas coisas. Quer dizer, nós, responsáveis políticos, devemos ainda insistir mais e passar melhor a mensagem, e as pessoas devem levar a sério".

No seu entender, não se trata de haver "exceções a mais", o que está em causa é "as pessoas não interpretarem com latitude excessiva as exceções, não facilitarem".

"Por exemplo, em passeios higiénicos andarem sem máscara, isso tem acontecido em muitos casos", apontou.

À chegada à Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido pela provedora, Sara de Oliveira, que o apresentou à restante equipa, com quem depois esteve reunido, numa sala sem utentes, com portas abertas para o exterior, com a comunicação social a aguardar no exterior.

"Desculpem esta visita inopinada num sábado", disse o Presidente da República e recandidato ao cargo, antes de entrar para a reunião.

Entretanto, foi noticiado que o teste de diagnóstico de novo coronavírus feito de manhã por Marcelo Rebelo de Sousa teve resultado negativo.

À saída da reunião, contudo, o próprio candidato declarou aos jornalistas que ainda não sabia o resultado e mostrou-se surpreendido com a notícia: "Ah, testei negativo. Já sabem? Sabem primeiro do que eu".

Interrogado se veio para esta iniciativa de campanha sem saber o resultado do teste, o candidato referiu que "entretanto tinha feito outro teste a uma distância relativamente próxima", na quinta-feira, o que lhe permitiu "vir sem problema".

Quando se preparava para ir embora, já dentro do carro, rodeado por câmaras e microfones, Marcelo Rebelo de Sousa consultou as mensagens que tinha no telemóvel e confirmou: "Teste negativo, é verdade".

Estas instalações da Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, que Marcelo Rebelo de Sousa tinha visitado por duas vezes há cinco anos, enquanto candidato e como Presidente eleito, tem cerca de 250 utentes em três lares residenciais e uma unidade de cuidados continuados.

O candidato presidencial mencionou que a União das Misericórdias tem estado a colaborar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), enalteceu o "papel fundamental" desta instituição no Barreiro e prometeu regressar: "Em qualquer das qualidades, Presidente ou não Presidente, cá voltarei no fim da pandemia".

Segundo a provedora, Sara de Oliveira, o processo de vacinação nesta instituição ainda não teve início, "mas vai ser para breve", e atualmente não há casos de Covid-19, mas já houve, aproximadamente 70, em duas fases, no verão e no inverno, e uma dezena de mortes.

Em Portugal, já morreram 8.709 doentes com Covid-19 e foram contabilizados até agora 532.416 casos de infeção com o vírus que provoca esta doença.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Direito a Resistir
    16 jan, 2021 Art.º 21 da Constituição 21:39
    Pois sim. Se o governo legisla para manter as escolas abertas, o que faz com que eu tenha de sair de casa 5 dias à semana para trabalhar diariamente com, entre 3 e 4 turmas diferentes cada uma com 20 a 28 alunos, na mesma sala cotovelo com cotovelo pois é totalmente impossível manter a tal distância de segurança, e o governo considera que isso não tem riscos e que nem sequer merece prioridade na vacinação, se não se importa com ir às compras em supermercados e até incita a ir votar - querem ver que o Virus "suspende" no dia das Eleições !? - porque carga d' água ao fim-de-semana não posso circular a passeio no meu automóvel, onde até estou sozinho ou acompanhado de familiar direto?
  • Teórico
    16 jan, 2021 da Conspiração 20:59
    Logo que o Pres nos explique de que confinamento está a falar... É que o que foi decretado - manter escolas abertas, Empresas abertas, Transportes a funcionar, a generalidade dos negócios activos, 3 milhões de pessoas no mínimo a saírem diariamente de casa e a movimentarem-se por todo o lado - é tudo menos um "confinamento". E por mim, podem alargá-lo até Dezembro se quiserem. Um "confinamento" destes, aguenta-se bem. Isto é só para controlar os protestos que começavam a aparecer um pouco por todo o lado. Enquanto houver "confinamento" não há greves / manifestações / protestos contra o governo, ou seja, o sonho do costa. Depois do controle do parlamento, do MP, da comunicação social, o plano PS-Costa contempla agora o controle das massas. É só para isso que esta amostra de "confinamento" serve.

Destaques V+