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Jerónimo de Sousa diz que não aceitará chantagem de crise política

10 out, 2020 - 22:43 • Lusa

Um recado para António Costa: "Não me obriguem a votar numa coisa que não corresponde aos interesses dos trabalhadores e do povo português”, afirmou o líder do PCP, num evento em Angra do Heroísmo

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse este sábado que não aceitará uma chantagem de crise política para votar favoravelmente do Orçamento de Estado, alegando que o documento tem de resolver os problemas do povo.

“Quando nós dizemos: sim, estamos aqui para que o Orçamento tenha coisas positivas para o povo e nos vêm dizer: ou votam, ou criam uma crise, não aceitamos essa chantagem. Resolvam os problemas do povo e coloquem no Orçamento do Estado aquilo que aflige: o desemprego, a pobreza, os baixos salários, os serviços públicos degradados”, afirmou o líder comunista, nos Açores.

E acrescentou: “Reconheçam isso no Orçamento do Estado e vão ver que o PCP estará de acordo. Assim, não. Não me obriguem a votar numa coisa que não corresponde aos interesses dos trabalhadores e do povo português”.

O secretário-geral do PCP falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, num jantar com militantes, um dia antes de arrancar a campanha para as eleições legislativas regionais dos Açores.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou este sábado, na Guarda, que “estão criadas as condições” para que haja um acordo com o Bloco de Esquersa e o PCP para a aprovação do Orçamento de Estado para 2021.

“Se houver vontade política de todos, seguramente que iremos ter um bom orçamento em 2021”, sublinhou António Costa, repetindo que “é seguramente à esquerda” que será construído esse orçamento.

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