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"Melhor ministro das Finanças de sempre" ou protagonista de "ligeiro teatro"? As reações à saída de Centeno

09 jun, 2020 - 15:06 • Redação com Lusa

Mário Centeno anunciou a saída do Governo e do Eurogrupo. João Leão assume a pasta das Finanças e os representantes políticos dividem-se nas opiniões em relação à saída do ministro, que poderá assumir funções no Banco de Portugal.

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"A vida é feita de ciclos e quero aqui expressar publicamente que compreendo e respeito que o doutor Mário Centeno queira abrir um novo ciclo na sua vida. Este foi um longo ciclo. Pela segunda vez em 46 anos da nossa democracia, um ministro das Finanças cumpriu integralmente uma legislatura de quatro anos". António Costa, primeiro-ministro

"Na altura disse-o para memória futura [saída de Centeno]. Esse futuro chegou! É o presente de hoje. Só não acerto no Totoloto... ". Rui Rio, líder do PSD, no Twiiter, que acompanha com um vídeo intitulado "ministro começou a prazo e terminou sem condições"

"Se Portugal hoje tem o enorme prestígio na Europa e no mundo, isso deve-se muito ao primeiro-ministro António Costa, mas também ao ministro das Finanças, Mário Centeno. O melhor ministro das Finanças de Portugal de sempre". Ana Catarina Mendes, líder parlamentar do PS

"O professor Doutor Mário Centeno, no desempenho das funções de ministro das Finanças, prestou um inestimável serviço ao país e à União Europeia. Fê-lo com extraordinária competência técnica e política e dedicado sentido de serviço público". Comissão Permanente do PS

"Há duas semanas, o presidente do PSD, Rui Rio, disse que Mário Centeno não tinha condições para continuar como ministro das Finanças. Confirmou-se aquilo que o presidente do PSD na altura afirmou, todos percebemos que nestas duas semanas estivemos a viver um ligeiro teatro". Duarte Pacheco, deputado do PSD

"Esta saída de Mário Centeno do cargo de ministro das Finanças tornou-se evidente com o episódio de injeção do Novo Banco, sem auditoria independente, e sem que aparentemente o primeiro-ministro tivesse tido conhecimento". Mariana Mortágua, deputada e dirigente do Bloco de Esquerda

“Foi uma decisão pessoal. A questão não está centrada no ministro, a questão centra-se nas opções tomadas pelo Governo”, Paula Santos, líder interina da bancada do PCP

Mário Centeno na hora da despedida: “São 1.664 dias como ministro das Finanças e números certos”
Mário Centeno na hora da despedida: “São 1.664 dias como ministro das Finanças e números certos”

"É um péssimo timing esta remodelação. Quando existe descoordenação do governo, essa descoordenação deve ser imputada ao primeiro-ministro". Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS

" Pelo interesse superior do país, Mário Centeno deveria manter-se, por uma questão de credibilidade e estabilidade do país, em matéria económica e financeira, na imagem de país no estrangeiro, nos mercados que Mário Centeno conseguiu granjear". André Silva, deputado do PAN

“O mais importante não são as pessoas, são as políticas. Vamos esperar que a remodelação traga mais justiça fiscal num momento em que é necessário relançar a economia”. José Luís Ferreira, deputado do PEV

"Foi o segredo mais mal guardado da política portuguesa. É uma má notícia. Vão mudar uma equipa a meio do jogo, e isso é preocupante". João Cotrim Figueiredo, presidente da Iniciativa Liberal

"Ficará na história como o ministro que fugiu quando nós mais precisávamos dele e quando estava no momento de lutar pela maior crise financeira de que há memória na nossa história. Não deixa de ser curioso que esta saída aconteça minutos antes da saída de um novo normativo. Vamos ter um ministro a sair diretamente da supervisão de uma entidade para a entidade". André Ventura, deputado do Chega

“Não é possível manter políticas públicas baseadas nas cativações e no permanentemente adiamento de investimento público. Para fazer face a uma crise inédita, é necessário virar a página a essas políticas que comprometem o desenvolvimento sustentável do país”. Partido Livre

“Mário Centeno fez um bom trabalho. Para nós o que interessa é a manutenção da estabilidade política – e tudo indica que sim, que não há nenhuma crise política que ocorra com esta saída [de Mário Centeno do Governo] – e a definição de políticas públicas, neste caso na área das Finanças, que continuem a focalizar-se na economia e em dar à economia do país condições para o seu desenvolvimento”. António Saraiva, presidente da CIP

"Lamento que Mário Centeno saia do Governo nesta altura, em que se discute o PEES e o Orçamento suplementar, acho que é uma saída algo complicada". Carlos Silva, secretário-geral da UGT

“Eu não me lembro, mas admito que tenha ocorrido, um caso em que um ministro se demite no momento em que apresenta um Orçamento ou quando esse Orçamento vai ser votado, um momento tão cheio de simbolismo, porque o Orçamento é o que governa as finanças públicas. Acho que é um momento surpresa”. Jorge Braga de Macedo, antigo ministro das Finanças

“Obrigado, Mário Centeno, pelo seu trabalho árduo enquanto presidente do Eurogrupo e pela excelente cooperação”. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu

“Obrigado, Mário, pelo seu empenho e dedicação como presidente do Eurogrupo”. Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo comunitário com a pasta de “Uma Economia ao Serviço das Pessoas”

“Mário Centeno é um bom amigo e eu gostei de trabalhar com ele. Ele fez um trabalho notável enquanto ministro das Finanças de Portugal e enquanto presidente do Eurogrupo. Desempenhou um papel significativo na luta da UE contra a pandemia do coronavírus". Olaf Scholz, ministro das Finanças alemão

“Obrigado, Mário Centeno, pelo importante trabalho desenvolvido durante o seu mandato como presidente do Eurogrupo. Com grande envolvimento e integridade, velou pelos interesses da zona euro, promovendo ao mesmo tempo a cooperação entre os Estados-Membros. Tudo de bom nas novas funções”. Wopke Hoekstra, ministro holandês das Finanças

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