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​Covid-19

Secretário de Estado da Juventude diz que são “disparates” as acusações de favorecimento

08 mai, 2020 - 17:01 • Lusa

João Paulo Rebelo nega favorecimento a apoiantes do PS e familiares seus na contratação de empresas no âmbito da pandemia da covid-19.

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O secretário de Estado da Juventude e do Desporto classifica como "disparates" as recentes acusações de que terá favorecido apoiantes do PS e familiares seus na contratação de empresas no âmbito da pandemia da covid-19.

João Paulo Rebelo, que é também Coordenador Regional do Centro no Combate à Covid-19, foi questionado esta sexta-feira sobre o assunto à saída de uma sessão formativa da Força Aérea Portuguesa sobre os procedimentos de higienização a adotar na Escola Secundária Júlio Dinis, em Ovar, distrito de Aveiro, para reabertura das aulas presenciais a alunos do 10.º e 11.º anos de escolaridade.

O governante é acusado de ter favorecido um ex-sócio na contratação de empresas aptas a realizar testes de diagnóstico à covid-19, de ter recrutado para motorista oficial um apoiante político que já conduziu sob o efeito de álcool e de também estar envolvido na nomeação da sua cunhada Helena Rebelo para a administração do Centro de Saúde de Lafões, assim como na exoneração do vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu.

João Paulo Rebelo reagiu aos pedidos de esclarecimento sobre os assuntos relativos a saúde começando por apontar a uma das jornalistas que o questionou "algum nervosismo", justificado pela "quantidade de disparates" que acusou essa profissional de ter proferir. Entretanto, foi ele próprio que evidenciou desconforto ao proceder a sucessivos reajustes na sua máscara de proteção, acabando por declarar que, no caso da empresa de testes à covid-19, se limitou a referir a sua existência.

"Eu não adjudiquei nada, não faço contratos, apenas me limitei - como aconteceu também em Leiria, em Castelo Branco, na Guarda, em Coimbra - a fazer no terreno uma exposição do que é o nosso trabalho, identificando capacidades instaladas para que pudéssemos acudir ao que eram essas necessidades de combate à pandemia", disse o governante.

"Tudo foi feito com total lisura e transparência, numa reunião com 14 presidentes de câmara. Tenho as mais diversas testemunhas destes atos - toda a gente que sempre me acompanhou nestas regiões", acrescentou.

É essa posição, aliás, que João Paulo Rebelo vem defendendo esta semana, mesmo depois de a Iniciativa Liberal ter pedido a sua demissão por lhe apontar recorrentes falhas de ética. Por seu lado, o primeiro-ministro, António Costa, reafirmou a sua confiança no governante.

Quanto à acusação de que terá forçado a condução da cunhada como administradora do Centro de Saúde de Lafões, o secretário de Estado só após insistência respondeu aos jornalistas, dizendo apenas: "Isso é uma mentira". No que se refere ao Instituto Politécnico de Viseu, foi igualmente breve ao negar envolvimento na escolha do novo vice-presidente: "Isso é feito por eleição".

O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 269.000 morreram. Ainda nesse universo de doentes, mais de 1,2 milhões foram já dados como recuperados.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 2 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) indica 1.114 óbitos entre 27.268 infeções confirmadas.

A presente fase nacional de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e a imposição legal de uso de máscaras em transportes coletivos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

Comentários
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  • Americo
    08 mai, 2020 Leiria 17:34
    Que lata e descaramento !!!!!!!!!!!!!!!!! E as ligações perigosas da familia no Politecnico de Viseu ?

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