15 abr, 2020 - 18:09 • Rodrigo Machado (Infografia) e Dina Soares (texto)
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Com a falta de máscaras no mercado e os preços elevados das poucas que se conseguem encontrar à venda, a solução passa por fazer a sua própria máscara. Uma opção que, não dando garantias de uma filtragem muito eficaz, permite, pelo menos, que as gotículas que expelimos quando falamos, tossimos ou espirramos, não atinjam os outros.
Estas máscaras artesanais têm, porém, outras vantagens. São mais ecológicas, porque podem ser reutilizadas depois de lavadas a 50 ou 60 graus Celsius, o que garante a sua desinfeção. Ganham aos pontos em matéria de custos, já que são mais económicas e permitem libertar as máscaras cirúrgicas para quem realmente precisa delas, profissionais de saúde ou outros que lidam diariamente com o público e pessoas infetadas e seus cuidadores.
O primeiro passo para a confeção de uma máscara é a escolha do tecido. Deve ser 100% algodão, para aguentar temperaturas altas de lavagem e não irritar a pele. Também se pode optar por feltro, um tecido não tecido, ou seja, calandrado, o que garante um maior grau de filtragem.
Se optar por uma máscara costurada, pode reforçá-la através de uma pequena abertura na face interior, que lhe permitirá introduzir entre as duas faces um filtro suplementar, por exemplo um guardanapo de papel dobrado ou um filtro de café, que no final deve ser descartado.
A solução do lenço é rápida e prática, mas é preciso ter cuidado na escolha do lenço. Não pode ser muito grande e deve ser feito de um tecido fino porque, como é dobrado muitas vezes, fica com muitas camadas, o que pode dificultar a respiração e a comunicação.
Se usar uma t-shirt, deve garantir que é 100% algodão. A opção da t-shirt é a que oferece uma barreira mais fina e, portanto, mais permeável.
Seja qual for a escolha, é bom ter em conta que é indispensável respeitar todas as regras que garantem um bom uso da máscara.
A saber: lavar e desinfetar muito bem as mãos no momento em que se coloca e em que se retira a máscara; ajeitá-la ao rosto logo no início para não ter que lhe tocar quando já está posta; nunca tocar na parte da frente da máscara e muito menos levar, depois disso, as mãos aos olhos, nariz ou boca; retirar a máscara segurando nos elásticos que estão a prendê-la às orelhas e guardá-la num saco bem fechado até ao momento em que for lavá-la. Embora não seja descartável, esta máscara social feita em casa não deve ser usada mais do que uma vez sem ter sido devidamente lavada.