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​Reações partidárias ao novo líder do CDS. Do partido mais à direita ao "parceiro natural"

26 jan, 2020 - 18:04 • Redação

Os socialistas veem um CDS “mais à direita” e um conjunto “grande de generalidades” na intervenção de Rodrigues dos Santos. O PSD olha para os centristas como um “parceiro natural de diálogo” e o Chega diz que o futuro dirá quem vai liderar a direita em Portugal.

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Representantes do Governo, PS, PSD e Chega já reagiram ao discurso do novo líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, saído do 28.º congresso do partido, que terminou este domingo, em Aveiro.

Os socialistas veem um CDS “mais à direita” e um conjunto “grande de generalidades” na intervenção de Rodrigues dos Santos. O PSD olha para os centristas como um “parceiro natural de diálogo” e o Chega diz que o futuro dirá quem vai liderar a direita em Portugal.

“A disponibilidade para conversar com todos os partidos existe sempre. A interpretação que nós temos do discurso e deste congresso é que o partido vai encostar-se ainda mais à direita. Na democracia é importante ter oposição, vamos esperar para ver quais são as propostas do CDS. Na democracia é importante ter oposições fortes. Aparentemente, o líder do CDS o próprio diz que tem faltado oposição em Portugal. Esperamos que haja uma oposição forte. É sempre importante para afirmar alternativas haver oposições fortes. O nosso papel é governar, é apresentar resultados, é isso que temos feito nos últimos anos e é isso que nós acreditamos que continuaremos a fazer.” Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares

"Lamento porque verificamos que a direita abandonou o centro político do país, temos uma direita mais à direita. [No discurso do novo líder do CDS] Houve um conjunto grande de generalidades e `slogans´, do ponto de vista concreto não vimos nada. deu. O discurso radical de crítica e contestação ao primeiro-ministro e ao Partido Socialista teve resultados catastróficos para o CDS". José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS

“O CDS distingue-se dos partidos emergentes e é um partido importante para o espetro político português. O CDS é um parceiro natural de diálogo com o PSD. Vimos que o CDS se assumiu aqui como um partido de direita, distinto dos partidos emergentes, mas é um partido com o qual o PSD dialogará com facilidade”. Paulo Mota Pinto, dirigente do PSD

“Nós temos o mesmo adversário e aí estamos a par. No que diz respeito à liderança da direita, o futuro dirá quem é que lidera a direita. Julgo que o Chega está mais vocacionado para liderar a direita sendo um partido antissistema. O CDS está dentro do sistema, não discuto, mas é difícil dentro do sistema liderar a direita, porque o sistema é claramente muito influenciado pela esquerda e pela extrema-esquerda. Na nossa opinião, temos de estar fora do sistema para lidera a direita na luta contra o sistema.” Diogo Pacheco Amorim, dirigente e ideólogo do Chega

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