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Europeias 2019

Costa fala em "ataque" da extrema-direita na Europa. "Querem reeditar diabos do passado"

02 fev, 2019 - 19:44 • Lusa com Redação

Primeiro-ministro alertou para o perigo que representa a ascensão dos populismos "racistas, xenófobos, isolacionistas e nacionalistas".

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O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou este sábado que a Europa está “mesmo a ser atacada” por fora, pelos que defendem o protecionismo, e por dentro, pelos que exploram o medo e procuram desenvolver os “valores da extrema-direita”.

“E é esta Europa que nós temos de ser capazes de defender e temos de ser capazes de defender porque, não tenhamos ilusões, a Europa está mesmo a ser atacada”, afirmou António Costa, que discursava em Vila Real, durante uma convenção regional do PS.

Segundo Costa, a Europa “está a ser atacada de fora, por aqueles que defendem o protecionismo”.

“Mas está a ser atacada também por dentro, por aqueles que, explorando os medos que existem na sociedade, procuram, no fundo, desenvolver os valores que alguns chamam populistas, mas que, de uma vez por todas, temos que chamar pelo que são: a extrema-direita é racista, xenófoba, isolacionista, nacionalista e quer reeditar todos os diabos que assolaram a Europa no passado”, acrescentou.

O secretário-geral do PS e primeiro-ministro de Portugal referiu ainda que é por isso que “começam por falar na necessidade de fechar fronteiras para travar as migrações, mas, a seguir, fecham uma fundação privada e uma universidade porque não acreditam na liberdade de ensino”.

No seu entender, a Europa está também a ser atacada por quem ameaça a liberdade de imprensa, porque não respeita a liberdade de pensamento, e por quem ameaça a independência do poder judicial, por saber que “um poder judicial independente é a maior garantia da liberdade e da supremacia do Estado de direito”.

Por isso, António Costa apelou à mobilização para defender a “Europa dos valores e da solidariedade” à qual Portugal aderiu.

E, segundo o governante, a razão fundamental pela qual Portugal aderiu à Europa foi para consolidar “definitivamente a democracia e a liberdade que o 25 de Abril” devolveu ao país.

“Foi isso que nos levou à Europa e é por isso que queremos continuar na Europa”, frisou.

Vila Real acolheu hoje a sexta convenção regional do PS no âmbito das europeias de 2019, numa iniciativa que culmina numa convenção nacional em 16 de fevereiro.

Comentários
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  • Arm Sant
    06 fev, 2019 Porto 16:35
    ....Nesta Nossa Europa - V. são cúmplices ......O ESCÂNDALO DO BAIRRO DA TORRE, e outros.... Eles não são da extrema-direita - são apenas pobres Eles não são racistas, - são apenas pobres Eles não são xenófobos, - são apenas pobres Eles não são isolacionistas, - são apenas pobres Eles não são nacionalistas - são apenas pobres Eles não são querem reeditar nada - são apenas pobres Eles não são todos os diabos - são apenas pobres Eles não são quem assolou a Europa - são apenas pobres Eles não são no passado” - são apenas pobres e de hoje. https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2414/html/primeiro-caderno/investigacao/Grande-Lisboa-ainda-tem-13-bairros-de-lata https://rr.sapo.pt/artigo/139665/contra-a-lei-bairro-da-torre-continua-sem-energia-eletrica?fbclid=IwAR0YDmbpwZqbPqUNAh--Ob-OvS_PqW1BlRn0m0Udmh3bzS1DzBsgd1yAFVw
  • joao
    03 fev, 2019 sintra 10:57
    Grande Costa a pôr os pontos nos is.
  • LIBERATO
    03 fev, 2019 Almada 00:51
    Palavras bonitas, porém palavras ocas, palavras vazias que não encontram muito eco na realidade do dia a dia. Qualquer pessoa que viva a vida real sabe isso, sabe que a cartilha da maior parte dos partidos não encaixa na realidade. Por muitos indicadores económicos simpáticos que apresentem há um que nunca aparece e é imbatível e diz tudo: a minha carteira . Os regimes democráticos sentem-se ameacados mas não estão isentos de culpa com as falhas clamorosas que vão acumulando sem emendar a mão. A cidadania não é um exercício de fé e de candura, é uma exigência nos dois sentidos. Assim, a maioria daqueles que se dizem democratas só se podem queixar deles próprios, uma boa parte dos regimes que cai, cai porque uma minoria se opõe mas também porque uma boa maioria já não está disposta a mexer um dedo para salvar aquilo que já não presta, fica apenas a ver para que lado a coisa tomba.

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