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Verdes: PS tem condições para promover "uma governação sustentável"

21 out, 2015 - 13:10

Dirigente confirma que "estão actualmente em conversação com o PS". Os Verdes foram o quinto partido a ser ouvido pelo Presidente da República, que esta manhã já recebeu o PCP.

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O partido ecologista Os Verdes disse que o PS tem condições para promover "uma governação sustentável", mas admitiu que o seu partido está ainda em conversações com os socialistas.

"Consideramos que o PS tem todas as condições parlamentares para promover uma governação sustentável", afirmou a dirigente do partido ecologista Os Verdes Manuela Cunha, em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no Palácio de Belém.

Corroborando a ideia já transmitida por PS, BE e PCP de que indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro será "uma perda de tempo" e irá "arrastar os problemas dos portugueses inutilmente", Manuela Cunha disse que o seu partido está disponível para permitir uma governação do PS, apesar de estar ainda em conversações com os socialistas.

"Os Verdes estão actualmente em conversação com o PS, as conversações continuam", referiu, escusando-se a pronunciar sobre o que está a ser negociado com os socialistas.

Questionada se o partido aprovaria um Orçamento do Estado do PS, Manuela Cunha disse ser "muito difícil responder sem ter o Orçamento na mão", mas insistiu que o seu partido assumiu ao Presidente da República que está disponível para "enfrentar um Orçamento do Estado com toda a responsabilidade".

Os Verdes foram o quinto partido a ser ouvido pelo Presidente da República, que esta manhã já recebeu o PCP, depois das audições do PSD, PS, BE e CDS-PP na terça-feira à tarde. Esta manhã, o chefe de Estado ainda irá receber o PAN - Pessoas-Animais-Natureza.

A Constituição da República prevê que o primeiro-ministro é "nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".

Nas eleições de 4 de Outubro, a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) perdeu a maioria absoluta e obteve 107 mandatos (89 do PSD e 18 do CDS-PP). O PS elegeu 86 deputados, o BE 19, a CDU 17 (dois do PEV e 15 do PCP) e o PAN elegeu um deputado.


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