02 set, 2015 - 00:13
Rui Rio só anuncia a sua decisão sobre uma eventual candidatura à Presidência da República em Outubro. O esclarecimento é feito num artigo de opinião publicado na edição desta quarta-feira do “Jornal de Notícias”.
O ex-presidente da Câmara do Porto explica o equívoco das sucessivas datas que foram noticiadas sobre a sua vontade de concorrer ao Palácio de Belém e garante que a candidatura, a confirmar-se, nada tem de "táctico".
Fala mesmo num "projecto para o país e a identificação de uma inequívoca vontade de uma parte substancial da sociedade". Também admite que o regresso à vida política pode estar para breve, refere o JN na sua edição online.
Rui Rio justifica a data do anúncio com o que diz ser a disponibilidade dos portugueses para pensarem nas presidenciais, o que julga só poder acontecer depois das legislativas de 4 de Outubro.
O artigo tem o título "Presidenciais: Ponderação em nome da responsabilidade", e nele Rui Rio deixa duras críticas a comentadores políticos que confundem "a realidade do país" com "a futilidade de alguns corredores político-mediáticos".
Em Junho vários órgãos de comunicação social noticiaram que Rui Rio iria anunciar a sua candidatura a Belém durante o mês de Junho, tendo Rui Rio desmentido essas notícias.
Na quinta-feira, 27 de Agosto, Pedro Santana Lopes anunciou que não será candidato à Presidência da República. "Tomei esta decisão, considerando os meus deveres enquanto provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e, também, as minhas responsabilidades profissionais", justificou o antigo primeiro-ministro, invocando igualmente como relevante a importância de manter a disponibilidade para a sua família.
No domingo, o ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa tinha defendido que os potenciais candidatos do centro-direita às presidenciais "terão exatamente as mesmas dificuldades" que Santana Lopes para decidir se avançam ou não na corrida para Belém.
A menos de sete meses do final do mandato do atual Presidente da República são já uma dúzia os candidatos que anunciaram a intenção de entrar na corrida a Belém, estando três outros em reflexão.
Na área política do centro direita encontram-se em reflexão três antigos dirigentes do PSD - Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio e Alberto João Jardim.
Ainda não foi formalizada qualquer candidatura junto do Tribunal Constitucional, o que pode acontecer até um mês antes das eleições e requer pelo menos 7.500 assinaturas de apoiantes.