21 out, 2024 - 11:26 • Jaime Dantas
O lançamento do novo Passe Ferroviário Verde começa em marcha lenta esta segunda-feira em Vila Nova de Gaia por causa de problemas nos sistemas informáticos da CP - Comboios de Portugal.
Durante a manhã, a Renascença visitou duas estações ferroviárias neste concelho da Área Metropolitana do Porto. Nas Devesas, onde passam vários comboios intercidades e interregionais, Beatriz não conseguiu comprar a nova assinatura de 20 euros.
"Tentei fazer agora por acaso, mas não consegui porque disseram que o site está travado. Acho que é porque tem muita gente tentando fazer", conta.
A jovem de 23 anos revela ainda ter algum receio de que, por causa do preço reduzido, as composições possam ficar lotadas.
"Os comboios costumam estar bem cheios e agora que vai reduzir bastante o preço, acho que é algo para se preocupar", diz.
O passe inclui os serviços intercidades, interregional, urbanos de Coimbra e alguns troços dos urbanos de Lisboa e Porto. Para quem faz longos percursos a poupança é notória.
Este é o caso de Donzília Antunes, que está à espera do intercidades para Lisboa. Vai visitar a filha e confessa que vai "poupar seis euros" em relação a uma só viagem de ida e volta.
"Para a próxima já vou buscar o meu", garante.
Admite ainda que possa existir um aumento da procura, mas considera que "não é por isso que vão encher os comboios".
Já na estação General Torres, onde passam essencialmente comboios urbanos, David Rodrigues, que espera o comboio para a faculdade, diz que este passe não lhe é útil.
O estudante prevê que algumas "pessoas que iam carro todos os dias para longe passem a andar de comboio" mostrando preocupação de que os comboios possam "ser sobrecarregados" caso não seja aumentada "a quantidade" de material circulante.
Contactada pela Renascença, a CP diz não ter conhecimento de que a falha informática seja generalizada.