18 jun, 2024 - 10:52 • Olímpia Mairos
Com o verão à porta, aumentam as idas à praia, às esplanadas e os passeios ao ar livre e as pessoas ficam mais suscetíveis ao aumento da intensidade da luz solar e dos raios ultravioleta (UV).
Renovam-se, por isso, os alertas e os cuidados com a visão que devem ser redobrados de forma a evitar lesões oculares.
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) acaba de divulgar um guia com recomendações e precauções a ter com a visão, de modo a proteger os olhos no verão e reduzir o risco de aparecimento de doenças graves.
“Algumas das lesões oculares mais comuns são as alterações agudas da córnea e da conjuntiva, cataratas e degenerescência macular da idade”, refere o comunicado.
• Óculos de sol: Para garantir uma maior proteção dos olhos é essencial o uso de óculos de sol com proteção UV, idealmente com 100% ou com a maior percentagem de proteção possível.
• Tempo de exposição solar: Deve evitar-se a exposição solar entre as 12h00 e as 16h00, intervalo de horas em que a exposição aos raios UV é mais elevada do que nos outros períodos do dia.
• Proteção para a cabeça: Os chapéus com abas ou palas são também uma ajuda na proteção dos olhos, uma vez que proporcionam uma barreira de sombra sobre a radiação solar direta que incide sobre os olhos.
• Toma de medicação: Se está a fazer alguma medicação o cuidado deve ser ainda mais redobrado, uma vez que os seus olhos podem estar mais sensíveis à luz solar. São vários os medicamentos fotossensíveis, mas destacam-se entre os mais comuns os anti-histamínicos, antibióticos ou antidepressivos.
• Exposição a agentes químicos: O cloro que é habitualmente utilizado na desinfeção da água das piscinas pode provocar lesões ao nível da superfície ocular pelo que o uso de óculos de natação nestes ambientes é aconselhável.
A presidente da SPO, Rita Flores, alerta ainda que “no período do verão temos também, por vezes, a questão dos grãos de areia que podem provocar lesões consideráveis na superfície ocular”, aconselhando a “procurar a ajuda de um médico oftalmologista”, caso permaneçam alojados “no interior das pálpebras após a lavagem abundante com água ou soro fisiológico, ou persistam sintomas após a sua remoção”
A SPO alerta ainda que se deve procurar ajuda de um médico oftalmologista de imediato caso, após a exposição solar, sejam experienciados alguns destes sintomas: olhos vermelhos, visão enevoada, ardor e sensação de corpo estranho.