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Marcelo inaugurou Feira do Livro de Lisboa e encontrou um pequeno grande leitor

30 mai, 2024 - 01:32 • Marisa Gonçalves

Até dia 16 de junho, a edição deste ano conta com 350 pavilhões, para além de uma variada programação cultural.

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A festa do livro e da leitura regressa ao Parque Eduardo VII, no centro de Lisboa, para conquistar novos leitores. Pedro Gameiro, de sete anos, olha orgulhoso para o livro que tem nas mãos.

“Chama-se o 'Coelho vs. Macaco - A Liga do Apocalipse'. É um livro de aventura. Eu gosto muito de ler estes livros”, conta à Renascença, no dia de abertura da Feira do Livro.

O novo livro do pequeno leitor tornou-se ainda mais especial. Tem agora uma assinatura do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem Pedro Gameiro se cruzou, no dia da abertura do evento.

Vou ficar rico. Tenho uma assinatura do Presidente”, diz com um sorriso a olhar para o pai, ali ao lado.

O Presidente da República inaugurou, esta quarta-feira, a 94ª edição da Feira do Livro e visitou os pavilhões ali presentes.

“Merece um milhão de visitantes”, declarou Macelo Rebelo de Sousa na cerimónia de abertura, onde também lembrou a importância do mercado livreiro e da sua permanência, para além das novas tecnologias.

“Julgo que, apesar dos tantos ecrãs que nos rodeiam, ainda não vimos, e talvez os que aqui estão não vejam, o fim da civilização do livro. E essa civilização, mais suporte menos suporte, não tem sequer o fim à vista. Como explicar que, podendo ter textos divulgados nas mais variadas plataformas, as pessoas ainda desejem publicar livros?”, questionou durante a cerimónia de inauguração.

“Esperamos uma feira cheia de dinamismo e arrojo (…), incluindo mais música e o Plano Nacional de Leitura ainda vivo, sem esquecer uma novidade muito bem-vinda: um bengaleiro onde podemos não apenas guardar casacos como compras, pelo menos aqueles mais distraídos que ainda não optaram por um utilíssimo carrinho de mão”, afirmou o Presidente da República.

Na mesma sessão, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, considerou que há sinais de otimismo neste setor. “Em Portugal, a venda de livros aumentou 3,6% em 2023 face ao ano anterior. Os jovens estão a ser os principais responsáveis por este facto. São melhorias face à tendência negativa assinalada nas últimas décadas". A governante considerou que o livro nos formatos tradicional e digital “continua a encontrar os seus leitores”.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, defendeu que o evento continua a afirmar a cidade como “capital mundial da cultura e da literatura”.

O autarca lembrou a presença de 350 pavilhões, 140 participante, 960 marca editoriais e acrescentou: “Pensamos chegar, este ano, a mais de 3.000 eventos em 19 dias, são números impressionantes”.

Recordando ainda as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, Carlos Moedas referiu que “a maior prova de que a liberdade tem sempre mais força do que a censura está nos livros que são traficados na clandestinidade, que são lidos em surdina e passados de mão em mão. Foi assim antes do 25 de abril. Os livros já respiravam liberdade”.

A Feira do Livro de Lisboa prolonga-se até dia 16 de junho, com antecipação do horário de abertura. Durante a semana passa a abrir às 12h00 e ao fim de semana e feriados começa às 10h00.

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