27 mai, 2024 - 11:30 • André Rodrigues
A manhã desta segunda-feira foi o primeiro teste à paciência dos automobilistas que costumam utilizar a VL8, em Vila Nova de Gaia.
O corte de trânsito na Rotunda Edgar Cardoso – onde daqui a dois anos deverá estar a funcionar uma estação da Linha Rubi do Metro do Porto – transformou-se em confusão acrescida nas ruas adjacentes, não apenas para automobilistas, mas também para a chamada mobilidade suave.
Samuel trabalha no centro da cidade. Vai de bicicleta.
Esta manhã, quando se preparava para atravessar a ciclovia da rotunda foi “surpreendido” pelo corte de trânsito.
“Vi alguns aparatos na sexta-feira, mas não havia nenhum anúncio de que iria estar cortada”, conta à Renascença.
O trânsito na rotunda da VL8 foi cortado de sexta-feira para sábado: “não sabia, só passei por cá na sexta-feira para ir trabalhar e não havia nada disto”.
Para Samuel, a alternativa é pedalar um pouco mais e seguir as placas que indicam os desvios por trajetos alternativos até ao centro de Gaia.
“Vai ficar mais longe, mas tem de ser”, remata, antes de seguir viagem.
Já Sónia mora mesmo ao lado da rotunda e aproveitou a circunstância de não ter horários tão rígidos durante o fim de semana para testar alternativas.
“Não posso abdicar do carro, porque tenho de levar o meu filho à escola até Vilar de Andorinho e não há outra forma de lá chegar”, diz.
Depois, segue-se a ida para o trabalho e mais uma dificuldade. Como se não bastassem os constrangimentos na VL8, também a repavimentação da Avenida da República está a condicionar o trânsito na cidade e a dificultar a vida a quem precisa de viajar até ao Porto.
Mas “é um mal necessário”, admite Sónia.
“Vai valer a pena, porque as obras têm de ser feitas e faltava a Gaia esta opção de mobilidade. Temos de ser tolerantes”.
Uma tolerância que vai ter de durar, pelo menos, dois anos, uma vez que a Linha Rubi do Metro do Porto tem conclusão prevista para 2026.
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