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Estudo aponta que é possível reduzir o impacto dos cuidados de saúde no ambiente

29 nov, 2023 - 00:52 • Lusa

Para cada um dos dez produtos de saúde examinados, a Unitaid analisou os impactos climáticos, incluindo aquisição de matérias-primas, resíduos, emissões de carbono e poluição por plásticos.

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Os cuidados de saúde globais têm um grande impacto no meio ambiente, mas existem formas de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa sem aumentar os custos de produção, defendeu a agência internacional de saúde Unitaid.

Esta organização, que trabalha para garantir o acesso equitativo às inovações médicas, examinou a cadeia de produção de dez produtos essenciais de saúde, como medicamentos para a malária e o VIH.

Este estudo divulgado na terça-feira mostra que é possível reduzir as emissões em 70% até 2030, com mais de metade dessa redução sem aumentar os custos de produção.

As conclusões foram divulgadas antes da COP28, a cimeira climática da ONU que decorre no Dubai, entre 30 de novembro e 12 de dezembro, e que, pela primeira vez, incluirá um dia centrado no clima e na saúde.

Para cada um dos dez produtos de saúde examinados, a Unitaid analisou os impactos climáticos, incluindo aquisição de matérias-primas, resíduos, emissões de carbono e poluição por plásticos.

O relatório revela que estas 10 cadeias de abastecimento emitem mais de 3,5 milhões de toneladas de carbono por ano.

O relatório indica que as emissões poderiam ser reduzidas através, entre outras coisas, da reciclagem de solventes e da mudança para energias renováveis.

"Identificamos vinte soluções técnicas principais que poderiam reduzir as emissões em 70 por cento, 40 por cento das quais poderiam ser implementadas sem aumentar o custo de produção", frisou Vincent Bretin, responsável da Unitaid, citado pela agência France-Presse (AFP).

No entanto, ir mais longe e abordar os restantes 30% "aumentaria os custos dos produtos", referem os autores do estudo no relatório.

As Nações Unidas têm vindo a insistir na necessidade de adoção imediata de "medidas espetaculares" para impedir um maior aquecimento global, quando o planeta caminha para os 2,9ºC de aquecimento.

Para impedir um aumento de 3°C das temperaturas no final do século, todos os países terão de reduzir emissões muito para além das promessas atuais, cortando 42% das emissões até 2030 se quiserem não ultrapassar os 1,5°C, uma meta assumida em 2015 no Acordo de Paris sobre redução de emissões, indica um relatório da ONU.

A COP28 decorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro no Dubai, com a ambição de fazer o primeiro balanço global do Acordo de Paris.

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