07 jul, 2023 - 12:05 • Diogo Camilo e Lusa
A Polícia Judiciária e o Ministério Público estão esta sexta-feira a realizar buscas nas instalações da Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), no Ministério da Defesa, avançou a tutela em comunicado.
Na nota, o Ministério tutelado por Helena Carreiras adianta que MP e PJ estão nas instalações "no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021", anos em que o ministro titular da pasta da Defesa era João Gomes Cravinho, atual ministro dos Negócios Estrangeiros.
"O Ministério da Defesa Nacional reafirma a sua total colaboração com as autoridades em tudo o que lhe for solicitado", refere ainda o comunicado.
Esta sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou a demissão do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, depois de ter sido noticiado que o mesmo contratou Miguel Fernandes, ex-administrador do Alfeite, para assessor da administração da "holding´ da Defesa, IdD - Portugal Defence, sem que este alguma vez tenha sido visto a exercer funções no local.
Em resposta, PSD, Chega e IL defenderam que se mantenha a audição parlamentar prevista ao secretário de Estado da Defesa demissionário, com vários partidos a quererem também ouvir a atual ministra da Defesa e o anterior titular da pasta.
Em causa está um contrato de assessoria assinado em 25 de março de 2019 entre Marco Capitão Ferreira e a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), à data liderada por Alberto Coelho - um dos envolvidos na operação judicial "Tempestade Perfeita" - com uma vigência de 60 dias e no valor de 50 mil euros mais IVA.
[em atualização]