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​Espanha

Simulavam ataques de orcas para desembarcar droga de veleiros

10 fev, 2022 - 17:54 • Celso Paiva Sol

A droga era de um português, as embarcações de um espanhol. As detenções ocorreram esta semana em Cádiz.

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Um cidadão português e um espanhol foram detidos por tráfico de droga, em Cádiz, Espanha. Simulavam ataques de orcas para desembarcar os estupefacientes de veleiros.

Depois de lançado o pedido de ajuda, as embarcações eram rebocadas em segurança até ao porto mais próximo. Aí, o haxixe era desembarcado, armazenado e mais tarde transportado para vários países europeus.

A droga era de um português, as embarcações de um espanhol. As detenções ocorreram esta semana em Cádiz.

A investigação das autoridades espanholas começou em junho do ano passado, quando um veleiro vítima de um ataque de orcas no Estreito de Gibraltar atracou no porto de Barbate, na província de Cádiz.

A presença nas imediações de pessoas conotadas com o tráfico de droga levantou suspeitas sobre o suposto acidente, e o proprietário da embarcação passou a ser investigado pela Guardia Civil, a Polícia Nacional e o Serviço de Vigilância Aduaneira da Agência Tributária.

As frequentes viagens do suspeito a Lisboa colocaram outro homem na mira das autoridades espanholas: desta vez um português, que se veio a concluir ser o proprietário da droga, e financiador de todo o esquema que já se prolongava pelo menos desde 2016. Um homem já conhecido da Polícia Judiciária portuguesa, que a partir desse momento passou a colaborar no inquérito.

Esta semana, na sequência de mais um suposto ataque de orcas a um veleiro, os investigadores decidiram avançar.

No Puerto de Santa Maria, na cidade portuária de Cádiz, os dois homens foram surpreendidos na posse de 172 quilos de haxixe que tinham acabado de desembarcar do veleiro “acidentado”.

Durante a operação, para além da droga distribuída por 160 pacotes, os policiais espanhóis apreenderam ainda 63 mil euros escondidos num cofre, viaturas, telemóveis, computadores, e documentos que provam que o esquema já leva pelo menos oito anos.

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