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DECO PROTESTE

Medicamentos de venda livre chegam a ser 14% mais caros nas farmácias do que nas parafarmácias

15 jun, 2023 - 00:00 • João Malheiro , Teresa Almeida , Olímpia Mairos

Uma especialista da Deco Proteste refere que, em média, é possível poupar até quase 3 euros em medicamentos, se se optar pela compra em parafarmácias. Na reação, a Associação Nacional de Farmácias diz que estão a ser comparadas realidades diferentes.

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Os medicamentos de venda livre chegam a ser 14% mais caros nas farmácias do que nas parafarmácias das grandes superfícies, segundo indica um estudo da Deco Proteste divulgado à Renascença esta quinta-feira.

A análise da Deco Proteste comparou o preço de um cabaz de 26 medicamentos, em diferentes locais do país.

Segundo indica à Renascença Susana Santos, porta-voz da Deco Proteste para além da diferença de preço, também se verifica que os medicamentos são mais caros, quando comparados com 2018.

"Em cinco anos, um Trifene 200 passou de um preço médio de 4,21 euros para 7,94 euros", exemplifica.

A especialista refere que, em média, é possível poupar até quase 3 euros em medicamentos, se se optar pela compra em parafarmácias.

O cabaz de 26 medicamentos é, em média, mais barato em Castelo Branco, Guarda e Santarém.

Já Beja é o distrito com os preços mais caros, a rondar os 252 euros.

A média nacional deste cabaz ronda os 237 euros.

A porta-voz da Deco Proteste realça, ainda, que a diferença de preços "tem um impacto grande" nas famílias, já afetadas pelo aumento do custo de vida em outros mercados.

"Algumas das recomendações é que, quando necessário, optem pelo medicamento genérico que, por norma, são mais baratos. E têm de estar atentos ao preço em cada local de venda", indica Susana Santos.

"Estão a ser comparadas realidades diferentes"

Na reação ao estudo da Deco Proteste, a Associação Nacional de Farmácias alerta que estão a ser comparadas realidades diferentes.

"Em cada farmácia, nós temos uma média de 3,9 farmacêuticos, temos 4 farmacêuticos a trabalhar que dão um apoio à população relativamente à utilização do medicamento e que proporciona outro tipo de serviços”, diz Ema Paulino, acrescentando que “nas parafarmácias não é necessário haver farmacêuticos".

"Nós temos um custo de funcionamento das parafarmácias completamente diferente do custo de funcionamento de uma farmácia", assinala.

Nestas declarações à Renascença, Ema Paulino sublinha ainda que "está-se a fazer uma comparação apenas de um fator quando na realidade, deveria estar a fazer-se uma comparação das circunstâncias e do contexto em que também é disponibilizado o medicamento".

Comentários
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  • ze
    15 jun, 2023 aldeia 08:58
    É por causa do Covid?é por causa da Guerra Russia-Ucrânia? é por causa de quê? Talvez seja por causa do estado a que chegámos,os chamados IVA zero, os produtos são mais caros, hoje na prateleira do supermercado o mesmo produto aumenta dia sim dia não,os combustiveis aumentam semana sim semana não, compra-se combustivel/petroleo todas as semanas? É este o estado a que chegámos neste pobre país!......só as reformas e as pensões é que não aumentam,mas aumentam os lucros em milhões para o governo.
  • Maria
    15 jun, 2023 Palmela 00:42
    Se pouparem o dinheiro das mascaras" nao custam tanto a comprar! Fotografia mais velha "que o cagar de pe!

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