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Provas de aferição. Diretores escolares criticam Ministério por informação “tardia”

15 mai, 2023 - 15:29 • Lusa

Este ano, mais de 250 mil alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade vão realizar as provas em formato digital e será necessário instalar a aplicação para a realização das provas em 250 mil equipamentos.

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O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas disse esta segunda-feira que o Ministério da Educação “não está a dar o exemplo”, com informação "tardia" sobre as provas de aferição digitais que arrancam na terça-feira.

“Programamos e planeamos as atividades e a tutela não está a dar o exemplo porque não fez chegar a tempo e horas a informação às escolas. No ano passado, fez-se uma fase piloto deste projeto que correu muito bem, mas parece que tiramos poucos ensinamentos”, disse Filinto Lima à Lusa em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, à margem de uma conferência organizada pela Renascença com o tema “O Inverno Demográfico”.

“A informação chegou às escolas na passada sexta-feira no sentido de adotarmos procedimentos. Vamos fazê-lo, mas isso pode invalidar o arranque destas provas amanhã [terça-feira]. Muitas escolas programaram já as suas atividades a partir de terça-feira. Temo que algumas escolas tenham de adiar a aplicação das provas de aferição de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para outro dia”, adiantou.

Salvaguardando que a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) “não é a favor de que estas provas este ano não se realizem”, Filinto Lima quer que o Ministério envie informação atempadamente.

“O que pedimos é que, de futuro, as informações da tutela cheguem às escolas a tempo e horas. Muitas vezes chegam para serem cumpridas para ontem. Isso não é pertinente sobretudo num ano letivo com meses de muito trabalho, muita luta e muita emoção”, acrescentou.

Sobre a realização de provas de aferição ‘online’, Filinto Lima defendeu que no 2.º ano de escolaridade esse modelo é “prematuro”.

“Acreditamos que é prematuro os nossos alunos [do 2.º ano] realizarem estas provas recorrendo ao digital. É uma altura em que estão a aprender as primeiras letras e estão a aperfeiçoar a sua caligrafia e era bom que usassem o papel e a esferográfica”, concluiu.

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