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Greve dos funcionários judiciais adia julgamento de Mamadou Ba

26 abr, 2023 - 15:29 • Lusa

O ativista antirracista está a ser julgado por difamação, publicidade e calúnia, após ter acusado Mário Machado nas redes sociais de ser o "assassino" do cabo-verdiano Alcindo Monteiro, morto em Lisboa, em junho de 1995, por elementos de um grupo de "skinheads".

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O início do julgamento do ativista antirracista Mamadou Ba foi esta quarta-feira adiado devido à greve dos funcionários judiciais.

Fonte do Tribunal Local Criminal adiantou à Lusa que quase todos os julgamentos agendados para o dia de hoje foram adiados devido a esta paralisação convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais, que se iniciou esta quarta-feira e se prolonga até 5 de maio.

Durante o período da manhã foi também adiado, pela mesma razão, uma sessão da repetição do julgamento do processo Aquiles, relacionado com tráfico de cocaína e em que são arguidos dois ex-inspetores da Polícia Judiciária.

O ativista antirracista Mamadou Ba ia começar a ser julgado por difamação, publicidade e calúnia, num processo colocado pelo militante neonazi Mário Machado e no qual Ba conta com a ex-ministra Francisca Van Dunem como testemunha.

A 27 outubro do ano passado, foi tornado público que o ativista antirracismo Mamadou Ba ia a julgamento por difamação do ex-dirigente do movimento "Hammerskins Portugal" Mário Machado, após decisão do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre, que proferiu um despacho de pronúncia para julgamento em tribunal singular "nos exatos termos" da acusação do Ministério Público (MP).

Entre as testemunhas arroladas pela defesa estão, além de Francisca Van Dunem, a diplomata e socialista Ana Gomes, o ex-líder do BE Francisco Louçã, o sociólogo Boaventura Sousa Santos, o deputado e líder do Livre Rui Tavares, o ex-deputado Miguel Vale de Almeida e os jornalistas Diana Andringa, Daniel Oliveira e Paulo Pena, entre outros.

A ex-ministra Francisca Van Dunem, juíza conselheira jubilada, deporá por escrito, tendo a defesa de Mamadou Ba, a cargo de Isabel Duarte, indicado ainda testemunhas que se vão pronunciar sobre os factos, sobre a personalidade do arguido e sobre o texto que motivou a queixa.

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